A aranha-marrom, que supostamente picou e causou a morte de um turista em Morro de São Paulo na última terça-feira (9), é frequentemente encontrada em grutas da região da Chapada Diamantina. O aracnídeo peçonhento do gênero Loxosceles tem como habitat natural áreas secas e escuras, como fendas de rochas e cascas de árvores, mas também pode ser encontrado em ambientes urbanos, como dentro de residências e depósitos.
As grutas que fazem parte dos cenários naturais e atraem turistas durante todo o ano para a Chapada Diamantina oferecem um ambiente propício às necessidades da aranha-marrom, como escuridão constante, umidade controlada e proteção contra predadores. Esses locais ainda possuem fendas onde as aranhas podem se esconder e se reproduzir, encontrando condições ideais para sua sobrevivência.
A picada da aranha-marrom pode inicialmente passar despercebida, mas eventualmente causa dor local intensa que pode evoluir para bolhas e necrose da pele ao redor da área afetada. Em casos mais graves, podem ocorrer sintomas como febre, náuseas e dores musculares.
Ao ser picado, é fundamental procurar atendimento médico imediato, evitar métodos caseiros como cortes ou sucção, e manter a área afetada elevada e imobilizada até receber cuidados especializados, incluindo tratamento para minimizar os danos teciduais e possíveis complicações sistêmicas.
Para garantir a proteção dos visitantes contra picadas não apenas de aranhas-marrom, mas também de outros animais peçonhentos presentes em grutas e outros pontos turísticos da Chapada Diamantina, é essencial contar com a orientação de um guia especializado. Esses profissionais conhecem os ambientes locais, os hábitos dos animais e as medidas de segurança necessárias para proporcionar uma visita segura e enriquecedora aos turistas.
Relembre o caso
Um turista de São Paulo morreu no domingo (14), supostamente após ser picado por uma aranha em um restaurante de Morro de São Paulo, na terça-feira (9). Ele chegou a ficar cinco dias internado, mas não resistiu.
Segundo o secretário de Turismo de Cairu, o turista começou a se sentir mal um dia depois de ter ido ao restaurante e procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento de Morro de São Paulo. Posteriormente, ele foi levado à Santa Casa de Valença, cidade do baixo-sul, próxima a Morro de São Paulo e, de lá, foi transferido ao Instituto de Cardiologia do Recôncavo (Incar), em Santo Antônio de Jesus, onde morreu. Jornal da Chapada com informações do portal A Tarde.