Uma roda de conversa sobre hepatites virais foi realizada na manhã da última quinta-feira (10), na sala de espera do Posto de Saúde da Família (PSF) do Centro, em Ibiquera. A atividade teve como objetivo alertar os pacientes sobre os riscos das doenças, que muitas vezes evoluem de forma silenciosa e só apresentam sintomas em estágios avançados.
Durante a ação, o médico Dr. Igor e a enfermeira Solange explicaram como as hepatites são transmitidas, destacando os principais cuidados para a prevenção. Também foram discutidos os sintomas iniciais, as possíveis complicações da doença e a importância de buscar atendimento médico ao menor sinal de alterações.
A conversa também abordou a oferta de testes rápidos para detecção dos diferentes tipos de hepatite, medida fundamental para o diagnóstico precoce. Os profissionais destacaram que o tratamento está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode evitar complicações como cirrose e câncer no fígado.
Conheça os tipos de hepatites
As hepatites virais são doenças que afetam o fígado e podem ser causadas por diferentes tipos de vírus, com variações nas formas de transmissão e gravidade. A hepatite A é transmitida principalmente por água ou alimentos contaminados e, apesar de geralmente ser leve e ter cura espontânea, pode ser evitada com vacinação e medidas de higiene. Já a hepatite E, semelhante à A, também se transmite por via oral-fecal e é mais comum em áreas com saneamento básico precário, podendo ser grave em gestantes.
A hepatite B é uma das mais preocupantes por seu potencial de cronificação. Transmitida pelo contato com sangue, fluidos corporais ou da mãe para o filho, pode causar complicações como cirrose e câncer de fígado. Felizmente, existe vacina eficaz. A hepatite D só acomete pessoas já infectadas pelo vírus B, tornando o quadro mais severo. Nesse caso, a prevenção também se dá por meio da vacina contra o vírus B.
Por fim, a hepatite C é geralmente transmitida pelo contato com sangue contaminado, principalmente em procedimentos como tatuagens, piercings e compartilhamento de objetos cortantes. Ainda não existe vacina, mas os tratamentos atuais oferecem altas taxas de cura. O diagnóstico precoce e a prevenção — com vacinação, uso de preservativos e cuidados com higiene — são essenciais para conter o avanço dessas infecções silenciosas.
Jornal da Chapada














































