Você sabia que o cromossomo Y, conhecido como o “cromossomo sexual masculino”, está diminuindo de tamanho ao longo da história evolutiva da humanidade? A descoberta, que intriga cientistas há décadas, levanta uma pergunta curiosa: será que os homens estão a caminho da extinção?
A boa notícia é que, segundo os pesquisadores, não há motivo para pânico — pelo menos não tão cedo. Se o processo continuar no mesmo ritmo, o desaparecimento completo do cromossomo Y só ocorreria em cerca de 11 milhões de anos.
O que é o cromossomo Y
Os cromossomos são pacotes de material genético que contêm as instruções para o desenvolvimento e funcionamento do corpo humano. Temos 23 pares de cromossomos, sendo um deles o par sexual, que determina o sexo biológico.
Enquanto as mulheres têm dois cromossomos X (XX), os homens têm um X e um Y (XY). O cromossomo Y é o responsável por iniciar o desenvolvimento masculino ainda no útero, ativando genes essenciais para a formação dos testículos e a produção de testosterona.
O cromossomo que encolheu com o tempo
Durante milhões de anos de evolução, o cromossomo Y perdeu grande parte de seu material genético. Enquanto o cromossomo X possui cerca de 900 genes funcionais, o Y carrega atualmente cerca de 100 — uma redução impressionante.
Esse processo de “encolhimento” acontece porque o Y não se recombina com outro cromossomo igual (como o X faz com outro X). Assim, mutações e perdas genéticas se acumulam ao longo do tempo.
O desaparecimento é inevitável?
Nem todos os cientistas concordam que o cromossomo Y vai realmente sumir. Algumas espécies de roedores, por exemplo, já perderam o cromossomo Y e desenvolveram novos mecanismos genéticos para determinar o sexo, o que sugere que a natureza pode encontrar caminhos alternativos.
Se isso ocorrer com os humanos, novos genes poderiam assumir a função de definir o sexo masculino, garantindo a continuidade da espécie — mesmo sem o Y.
Um futuro sem homens?
Caso o cromossomo Y realmente desapareça, isso não significa o fim imediato dos homens. A seleção natural tende a adaptar a biologia das espécies para manter o equilíbrio populacional.
Além disso, com os avanços da genética e da biotecnologia, os humanos podem até mesmo intervir artificialmente nesse processo, garantindo que as funções do Y sejam preservadas de outras formas.
Conclusão: nada de alarme (por enquanto)
Apesar de o encolhimento do cromossomo Y ser um fato científico, não há risco imediato para a humanidade. O processo é extremamente lento e pode levar milhões de anos. Até lá, novas adaptações — naturais ou tecnológicas — provavelmente terão surgido.
Como brincam alguns geneticistas, se o cromossomo Y está sumindo, ele está levando o tempo dele.
Jornal da Chapada














































