O setor mineral da Bahia foi impactado por uma das maiores transações financeiras da década. A mineradora canadense Equinox Gold anunciou a venda de 100% de seus ativos no Brasil para o grupo chinês CMOC, em um negócio avaliado em US$ 1,015 bilhão, o equivalente a cerca de R$ 5,49 bilhões.
A operação inclui o chamado Complexo Bahia, formado pelas minas de Santa Luz e Fazenda Brasileiro, ambas localizadas no nordeste baiano e responsáveis por parcela significativa da produção de ouro no estado. Com a conclusão do negócio, prevista para o primeiro trimestre de 2026, a CMOC assumirá integralmente a gestão e a exploração das áreas.
Do total negociado, US$ 900 milhões serão pagos à vista no fechamento do contrato. O acordo também prevê um bônus adicional de US$ 115 milhões, condicionado ao desempenho produtivo das minas no período de um ano após a transferência das operações.
A entrada da CMOC reforça a presença chinesa no setor mineral brasileiro. A companhia já atua no país desde 2016 e é reconhecida como a segunda maior produtora de nióbio do mundo e a segunda maior produtora de fertilizantes fosfatados no Brasil. A expectativa é de que o grupo mantenha a continuidade operacional e promova investimentos em tecnologia e eficiência produtiva nas unidades baianas.
A concretização da venda ainda depende de aprovações regulatórias, incluindo o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em municípios como Santaluz e Barrocas, onde a mineração tem papel central na economia local, trabalhadores e lideranças acompanham o processo com expectativa de manutenção de empregos e expansão das atividades.
Jornal da Chapada



















































