Familiares de dois irmãos, alegam que eles foram agredidos por oficiais da Marinha na tarde desta segunda-feira (6), no Quilombo Rio dos Macacos, em Simões Filho, cidade da região metropolitana de Salvador. De acordo com um dos familiares que não quis se identificar, os irmãos Edinei dos Santos e a Rosimeire dos Santos moram no local e precisaram sair para matricular as filhas dela, mas quando voltaram e pediram para o oficial abrir o portão de acesso ao Quilombo Rio dos Macacos, o rapaz agrediu os irmãos. “Ele [Edinei] chegou de carro e pediu para o rapaz abrir o portão. O homem não abriu e pediu que Edinei saísse do carro, como ele disse que não ia sair, aí o homem chegou perto dele e já foi pegando ele pela garganta, chutaram a mulher, as crianças saíram correndo para chamar ajuda. Colocaram até uma arma dento da boca dos dois e depois eles foram presos” conta ao site G1.
Ainda de acordo com a testemunha, as agressões de oficiais da Marinha são constantes. “A gente vive isso direto, mas hoje eles não respeitaram nem as crianças foi o fim. Eles ainda disseram que com a farda eles não vão fazer nada, mas lá fora [na rua], eles podem fazer”, diz a pessoa que não quis se identificar. Segundo familiares dos irmãos, eles foram soltos ainda na noite desta segunda e prestaram queixa na Polícia Federal, no bairro de Água de Meninos, em Salvador. Em nota, a Marinha disse que os irmãos foram presos, pois foram violentos com os oficiais. Leia abaixo na íntegra.
“O Comando do 2º Distrito Naval informa que, por volta das 16h00 de hoje (06), foram detidos, no tombo pertencente à União, situado no Complexo Naval de Aratu e administrado pela Marinha do Brasil, o Sr. Edinei Messias dos Santos e a Sra. Rosimeire Messias dos Santos, moradores da comunidade conhecida como Rio dos Macacos.
As detenções foram motivadas pelas ameaças proferidas pelo Sr. Edinei contra as sentinelas de serviço e em razão do comportamento violento da Sra. Rosimeire, que tentou, inclusive, apoderar-se da arma de um dos militares. Os dois foram liberados após a situação ter sido controlada. Um Inquérito Policial Militar (IPM) será instaurado, com apoio do Ministério Público Militar, a fim de apurar o ocorrido.”
As informações são do G1.