As lideranças do PP e do PDT decidiram baixar a tensão sobre a escolha da vice na chapa de Rui Costa até passar o Carnaval, prazo estipulado pelo governador Jaques Wagner (PT) para bater o martelo em torno do assunto. Apesar das especulações, o deputado federal Mário Negromonte (PP) disse ontem que “não há ansiedade”. “Não há tensão. Estamos serenos. O governador tem dito que só depois do Carnaval”, lembrou, restringindo-se a falar pouco da conjuntura.
O discurso faria jus com o ambiente mais ameno dos progressistas nos últimos dias, embora há quem diga que muitos no partido gostariam de pular de lado, confirmando um desejo forte já expressado pelos oposicionistas. Os aliados de Wagner sabem que podem ser o peso da balança por terem o maior número de prefeitos e lideranças em cidades grandes do estado, quando comparado a outras siglas. Eles usam inclusive desse argumento para ganharem o espaço que acreditam merecer.
Nos bastidores, alguns dizem que o adiamento do governador pode ter gerado um desgaste desnecessário entre progressistas e pedetistas, estimulando a disputa entre eles.
Mas, o presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça, acredita que “não há angústia em torno disso”. “A ansiedade cria uma expectativa nos partidos e nas pessoas, mas tudo se resolve. Há uma teoria que diz que uma crise sempre antecede uma decisão. Depois que se decide, a crise acaba”, argumentou.
Segundo o líder pedetista, o segredo é saber esperar. “Estamos confiantes que seja uma escolha boa para todos e não nos sentimos preteridos”, disse, descartando que haja um favoritismo em torno do PP. Mendonça avalia que a chapa traz uma grande chance de vitória, o que amplia o clima de concorrência para a vice. “Se não fosse uma chapa com ampla chance de vitória não teríamos essa disputa pela vice”, afirmou. Extraído da Tribuna da Bahia.