O cenário político que a manterá na disputa de 05 de outubro e colocará em teste seus candidatos a governador pelo País a fora teria feito parte das conversas da presidente Dilma Rousseff (PT) com o governador Jaques Wagner (PT), durante o feriado de Carnaval, desfrutado pela chefe nacional na Praia de Inema, Base Naval de Aratu, Subúrbio de Salvador. A presidente volta à Bahia no dia 14 para inaugurar 1.500 casas do programa Minha Casa Minha Vida.
Embora estivesse presente na cidade, a presidente se ausentou da folia e, ao contrário de seus aliados e até mesmo do adversário, senador e candidato a presidência da República Aécio Neves (PSDB), não assistiu aos desfiles dos blocos nos circuitos Osmar e Dodô. A ausência teria sido motivada pelos riscos que sua exposição poderia oferecer.
Sua presença exigiria um aparato maior por parte da segurança do Planalto, sem contar que teria sido avaliada a possibilidade grande de vaias. Em um dos dias ensolarados, Dilma aproveitou para dar um passeio na Baía de Todos os Santos, acompanhada por familiares, a bordo da lancha Amazônia Azul, da Marinha. Em seu programa de rádio semanal, ela antecipou a comemoração pelo Dia Internacional das Mulheres ao destacar as conquistas e os direitos alcançados pelas brasileiras.
Mas, o contexto político da Bahia teria sido fonte de seus interesses durante a estadia. Na expectativa de se reeleger e de fazer o sucessor de Wagner, o secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), que será seu palanque nas terras baianas, Dilma teria quebrado a rotina da calmaria de Inema para conversar com o governador “amigo”. Sabe-se que a chefe do Executivo federal também têm pendências administrativas para serem resolvidas em sua volta a Brasília, além das crises com aliados, o que ameaçaria a sua estabilidade pré-eleitoral, e recarregar as baterias para retornar com energia para a capital federal seria vital no intuito de solucionar os problemas.
No Carnaval, Wagner destacou o peso político do projeto encabeçado pela presidente ao dizer que “as pessoas escolhem um projeto político”. Sobre seu envolvimento na campanha da presidente, ele frisou: “Minha participação é fazer um bom desempenho dela na Bahia, que é o quarto colégio eleitoral. Claro que vou dar minhas sugestões”, disse.
Questionado, ele minimizou uma suposta rejeição ao PT. Segundo Wagner, se há rejeição, o partido é também “o maior disparado em preferência”. O governador sinalizou que a aproximação com a presidente é um convite a planos futuros na administração federal e que espera ser o seu auxiliar em algum ministério, caso ela seja reeleita. Extraído da Tribuna da Bahia.