Além do candidato do governo, Rui Costa (PT), outra agremiação que segue sem a definição do nome de vice é o PSB. Enquanto a semana decisiva de anúncios importantes não chega, o suspense também paira na chapa socialista, opositora dos petistas. Devido ao namoro antigo entre o PV e os socialistas e a demora da confirmação de quem assumirá a vaga, o jogo da especulação política reacende. Até então, o grupo encabeçado pela senadora Lídice da Mata (PSB) só tem o nome dela confirmado ao governo e o da ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, ao Senado.
Nos bastidores, alguns apoiadores de Lídice já comentam a construção de uma chapa feminina. O argumento ganha corpo com a ideia da possibilidade de ida da vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, para o posto. Ela figura como possível vice da senadora, visto que Célia já havia anunciado, inclusive à Tribuna, apoio aos socialistas no início do ano. E a verde, como se comenta, parece estar disposta e animada para abraçar a corrida da senadora ao Palácio de Ondina.
Sobre o assunto, a mandatária do PSB no estado, Lídice, desconversa e informa que o PSB, diferente das demais chapas, não estipulou prazos para poder fazer anúncios. “Ainda não temos nada acertado, tudo vai depender das negociações partidárias e não estamos nos baseando em nomes. Ainda estamos conversando, não vemos necessidade de estipular um prazo agora. A figura de Célia pode figurar por especulação, pois não tratamos ainda de nome”.
Eliana considera natural aliança com o PSDB
Se no Carnaval ela esteve afastada e não foi vista realizando o corpo político igual aos seus pares, a ex-ministra e candidata ao Senado, Eliana Calmon (PSB), resolveu voltar da folia com declarações polêmicas em torno da construção de alianças políticas para as eleições deste ano. A jurista disse não ver problemas em se aliar ao PSDB. A questão foi repercutida pelo fato de o senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB) ter se aproximado do candidato a presidente do PSB, Eduardo Campos, o que gerou estardalhaços no campo político.
Em entrevista ao site Bahia Notícias, a neossocialista acredita que a proximidade das siglas é algo nacional, “mas, se houve, é bem-vinda. Não faço nenhuma oposição a isto”, declarou. No ensejo, Eliana ainda refutou a possibilidade de apoio ao PT na disputa eleitoral. A ex-ministra do STJ, antes de aderir ao PSB, em setembro do ano passado, chegou a manter conversas estreitas com o PSDB e o DEM e foi cotada para engrossar as fileiras de filiados de um dos dois partidos, entretanto optou pela sigla capitaneada pela senadora e candidata ao governo, Lídice da Mata (PSB), cuja filiação foi marcada por uma grande festa, inclusive com a presença de Eduardo Campos à Bahia, acompanhado de Marina Silva (PSB) no próximo dia 22.
Na Bahia, Eliana Calmon prefere não se envolver quando o assunto é a vice-governadoria e jogou a responsabilidade para o colo da senadora baiana. “Ela é a presidente do partido. Ela que fique à frente desse processo”, destacou a ex-ministra. Diferente dos petistas que deverão anunciar seu vice-governador até a próxima semana, os socialistas, conforme já declarou Lídice, não tem prazo para anunciar o possível detentor ou detentora da vaga, ainda esclusa da chapa majoritária. A escolha do nome, ainda não cogitados publicamente pelos partidos, poderá sair fruto das relações entre PV e PPS, cujas conversas estão intensas e em fase de amadurecimento com o decorrer do tempo. Extraído da Tribuna da Bahia.