Faz algum tempo que o deputado federal João Leão (PP) está em silêncio acompanhando as discussões sobre a formação da chapa majoritária da base aliada ao governador Jaques Wagner. O parlamentar foi emudecido após disparar diversas críticas ao secretário-chefe da Casa Civil, Rui Costa, que à época ainda disputa a indicação para encabeçar a chapa. Nesta semana o Partido Progressista recebeu “sinal verde” do governador Jaques Wagner para escolher o ocupante da vaga de vice. Os pepistas disputavam o espaço com o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT). Os critérios para decisão não foram expostos, mas nos bastidores especula-se que o tamanho do PP e a presença no Oeste baiano foram elementos determinantes no fechamento da conta.
O próprio mandatário do Poder Executivo estadual teria confirmado a predileção por Leão que, além de vencer Marcelo Nilo na peleja, conseguiu se posicionar melhor que o correligionário no intramuros. A saída também foi “facilitada” por representar uma terceira via na crescente tensão entre o pedetista e Negromonte. O ex-ministro das Cidades ainda não tem o destino definido, o que se sabe é que fará campanha para o herdeiro político, Mário Negromonte Júnior (PP), que tentará a vaga na Câmara Federal, hoje ele é estadual. Além da empreitada eleitoral, o pepista buscará a indicação ao Tribunal de Contas.
Parte do espólio eleitoral de João Leão, que teve mais 203 mil votos na eleição de 2010 sendo o quarto mais votado da Bahia, deve ser transferido para o primeiro suplente do senador Walter Pinheiro (PT), Roberto Muniz (PP). A outra parte deve ser direcionada a outros aliados, além de Mário Júnior.
Mergulho
Até o anúncio extraoficial, porque a confirmação só poderá ser feita após as convenções em junho, o cenário pode mudar e Negromonte voltar, mas hoje a decisão está tomada e o nome é João Leão. A expectativa é que as cortinas sejam abertas na próxima sexta-feira (14), até lá, o deputado federal deve ficar tranquilo e evitar rugir.
Depois do martelo batido em público caberá ao pepista e ao estafe governista contornar as críticas que virão em decorrência do atabalhoado período em que ficou à frente da Casa Civil na desastrosa gestão do ex-prefeito de Salvador, João Henrique (atualmente do PSL). Extraído do Bocão News.