“Uma história muito mal contada”, foi assim que o deputado estadual Carlos Geilson (PTN) definiu o leilão em que uma grande construtora brasileira, de renome internacional, conseguiu comprar um terreno na orla de Salvador, por cerca de R$ 1.420,00 o metro quadrado. Para o parlamentar, o negócio foi feito num leilão praticamente na surdina, pouquíssimo divulgado, e a área foi a da a Associação os Funcionários da Ebal, um clube social com piscina, campo de futebol, sede social etc.
“Longe de mim de dizer que houve alguma ilegalidade nesse leilão, mas que essa história toda está muito mal contada, com certeza está. A ‘sortuda’ construtora comprou o terreno pelo lance mínimo. Isso mesmo: um terreno da orla de Salvador muito mais barato do que na avenida Getúlio Vargas em Feira de Santana, que o metro quadrado gira em torno de dois mil reais. A área é tão bem localizada que a construtora vai erguer um prédio de alto luxo”, frisou Geilson.
De acordo com Geilson, o presidente da Ebal, tentou se explicar a um jornal baiano dizendo que o lote estava inutilizado há quase dez anos, e que o leilão serviria para reduzir custos, como IPTU e seguranças. “Ora, a Ebal ganhou uma liminar na Justiça contra o IPTU. E, além disso, depois de 7 anos de governo, o PT descobriu agora que a área estava abandonada? E por isso, se desfaz num leilão que não foi amplamente divulgado e por um preço tão pequeno?”, alfinetou o deputado.