Em assembleia na manhã desta quarta-feira (16), os servidores estaduais decidiram não entrar em greve na Bahia. Representantes de 25 sindicatos e associações, entre eles representantes dos professores e da Polícia Civil, participaram da reunião, que aconteceu na sede do Sindicato dos Bancários, no centro da cidade, em Salvador. Apesar da maioria dos servidores ter decidido e votado pela paralisação, a mesa diretora, que conduzia as discussões, avaliou que o indicativo de greve geral deverá ser decidido em assembleias setoriais, já que o número de participantes que estiveram presentes nesta quarta-feira foi considerado insuficiente.
Representantes de vários sindicatos e associações, entre eles professores da rede estadual, agentes penitenciários, profissionais de saúde e policiais civis, participaram a reunião. Os trabalhadores questionam o reajuste linear do governo para a categoria, que será dividido em duas vezes: 2% em abril, retroativos a janeiro, e 3,91% sobre o salário de abril, no mês de julho, totalizando 5,91%.
Esta última parcela seria paga no mês de setembro e foi antecipada pelo governo. Os servidores querem o aumento de 5,91% de uma só vez, retroativo a janeiro. No dia 8 de maio, após a realização das assembleias setoriais, os servidores voltam a se reunir em uma assembleia geral para decidir ou não por uma greve geral. A reunião será realizada no mesmo local, na sede do Sindicato dos Bancários, no centro de Salvador.
Paralisação de 24h
Quase 13 horas após a decretação da greve da Polícia Militar, anunciada na noite de terça-feira (15), a Polícia Civil da Bahia iniciou uma paralisação de 24 horas em todo o estado. O movimento, decidido em assembleia na segunda-feira (14), foi iniciado às 8h da manhã desta quarta (16).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (Sindpoc), Marcos de Oliveira, até as 8h da manhã de quinta (16), apenas 30% do efetivo da categoria estará em atuação garantindo atendimentos relacionados a prisões em flagrante, levantamentos cadavéricos, crimes contra a criança e atentados à vida. Conforme Oliveira, a paralisação interrompe os trabalhos da perícia, as investigações criminais e os registros de queixas que estejam fora das autuações em flagrante.
“Queremos discutir uma mudança de gestão que garanta melhorias no atendimento à sociedade. Esperamos mudanças que priorizem melhorias na estruturação e investimentos na capacitação”, ressalta. Dentre as reivindicações da categoria, segundo Marcos de Oliveira, estão a antecipação da aposentadoria dos homens da polícia de 35 para 30 anos e das mulheres de 30 para 35, como também o pagamento relacionado às perdas salariais decorrentes da mudança do Cruzeiro Real para a Unidade Real de Valor (URV), em 1994. Além destas reivindicações, os servidores afirmam que não aprovam o projeto de lei que define o reajuste dos funcionários do Estado parcelado em duas vezes. Extraído do Portal G1.