Copa do Mundo é assim: todo mundo torcendo pelo Brasil, lojistas e comerciantes torcendo para aumentar seu faturamento. No ano em que os estádios brasileiros vão sediar a maior festa do futebol, a torcida é ainda mais intensa – nos dois casos. Mas, como nos jogos dentro de campo, para faturar com o Mundial há algumas regras, impostas pela Fifa. Donos de bares, restaurantes e lojas até podem transmitir jogos, por exemplo, mas com limitações – às vezes, é preciso até pagar para a entidade que comanda o esporte.
O pagamento é exigido em eventos que cobrem ingressos, distribuam brindes ou exibam patrocínio – a Fifa os classifica como comerciais. Nesses casos, deve-se obter uma autorização da entidade por meio do site exibicaopublicafifa.com.br. Será cobrada uma taxa de acordo com a capacidade máxima de pessoas no evento, que não poderá ser patrocinado por marcas concorrentes dos apoiadores do Mundial.
Mesmo a empresa que não fizer essas ações consideradas comerciais está sujeita a normas específicas – as mesmas que valem para as exibições públicas das partidas. Transmissões em bares, restaurantes, hotéis, shoppings ou qualquer lugar público (como praças, praias e estádios com capacidade de menos do que 5 mil pessoas) só podem usar o sinal da Globo (detentora dos direitos de transmissão) ao vivo e na íntegra. A TV tem de estar ligada na emissora pelo menos 10 minutos antes e depois dos jogos. Isso significa, obrigatoriamente, exibir todos os intervalos comerciais.
Há mais. Não é permitido – tanto para eventos comerciais quanto não comerciais – usar o que a Fifa considera suas marcas: as palavras “Copa” e “Mundial”, por exemplo, a expressão “Copa do Mundo”, logotipos, mascote da Copa e figuras com o troféu oficial. A menos que seja para divulgar a data e o horário do jogo. Nas proximidades dos estádios que abrigarão as partidas, há restrições adicionais. Durante os jogos, empresas que não patrocinam a Copa estão proibidas de montar barraca, distribuir brindes, folhetos ou folders ou enviar vendedores ambulantes nessas áreas.
Bares, restaurantes e lojas dos arredores podem funcionar normalmente e vender produtos que não estejam ligados ao evento. Mas são vetadas ações voltadas especificamente à Copa do Mundo e aos torcedores. Eles podem, por exemplo, fazer referências genéricas ao futebol, colocando bolas na decoração e bandeiras dos países participantes, mas sem citar diretamente o Mundial. Extraído do Portal Terra.