Embalado no clima de sua pré-campanha, iniciada nesse fim de semana no interior do estado, o pré-candidato ao governo baiano pelo grupo de oposição, Paulo Souto (DEM), diz que a demora na definição do postulante favoreceu a força oposicionista e que há uma procura favorável em torno da chapa. Segundo ele, a população não perdoaria se a unidade não acontecesse. Em tom crítico à atual gestão, o democrata destaca como prioridade de seu programa a reorganização das finanças estaduais e a implantação de medidas para o desenvolvimento econômico. Segundo ele, o estado perdeu posições significativas e aumentou os números da violência. Sem temer comparativos, o democrata diz que sua “preocupação é olhar o futuro”.
Tribuna da Bahia – Houve uma resistência muito grande para o senhor assumir a candidatura. Com esse processo superado, como o senhor avalia esse início de pré-campanha para as eleições estaduais?
Paulo Souto – O processo de definição da chapa, aparentemente, demorou mais do que esperávamos. Mas, o resultado disso foi positivo porque durante 40 dias, na Bahia, só se falava na formulação da chapa da oposição. Como o resultado foi positivo, no sentido de que o objetivo principal foi alcançado, isso acabou nos beneficiando. Foi a unidade dos partidos todos representados. Essa era a lição que a população nos dava e nós conseguimos cumprir. Era evidente que ela queria que nós fizéssemos a união. Nós não seriamos perdoados se isso deixasse de acontecer. Como aconteceu e teve final feliz, o que poderia prejudicar, beneficiou.
Tribuna – O temor de algumas pessoas era que duas candidaturas da oposição fragilizassem a competição para a ala oposicionista. Como analisou essa manifestação?
Souto – Duas candidaturas ou o fato de, de alguma forma, as forças que são as mais representativas da oposição aqui na Bahia não irem unidas iria dificultar o processo. Não estamos falando apenas das questões municipais, estamos falando também daquelas pessoas ansiosas para ver uma chapa competitiva para vencer as eleições e mudar os destinos da Bahia. Elas esperavam que isso acontecesse e aconteceu.