No município de Rio de Contas, na Chapada Diamantina, o Movimento Residência Estudantil (MRE) reivindica do prefeito Márcio Farias (PSD) uma residência estudantil para jovens que não possuem condições de manter a vida acadêmica fora do município. As informações são da agência Jussi Up Press, que publicou notícia nesta terça-feira (6) apontando que em 2012, os jovens estudantes reivindicaram do gestor, que estava acompanhado de deputados, durante ato de protesto no feriado de Corpus Christi. Apesar do manifesto, os estudantes alegaram que não foram atendidos. Segundo uma das integrantes do movimento, Géssica Silva, o município de Rio de Contas é beneficiado com uma verba de aproximadamente R$ 21 mil reais para manutenção da casa em cidades com instituição de ensino superior, como Salvador ou Vitória da Conquista. “Não sabemos onde vai parar o dinheiro”, pontua Géssica.
Em entrevista para a agência de notícias Jussi Up Press, o estudante Adílio da Silva relata que houve mobilização para convencer o poder público local a investir na implantação da residência para abrigar os estudantes menos favorecidos. Em 2011, durante reunião com o prefeito Marcio Farias, “o MRE percebeu que a Educação não era uma de suas prioridades”. Adílio afirma que Márcio “foi rude” e não deu qualquer tipo de esperança aos jovens do município. “Eles bateram com a porta em nossas caras, findando qualquer possibilidade de diálogo com os jovens”, conta o estudante que é membro da Associação de Casas de Estudantes da Bahia e responsável pela liderança do MRE de Rio de Contas.
Para o movimento em Rio de Contas a existência de uma residência estudantil ajudaria na continuidade dos estudos dos jovens que terminam o ensino médio no município. De acordo com Adílio, “muitos deles se mudam pra outro estado, geralmente São Paulo, em busca de emprego sem ter nenhuma chance de continuar a estudar”. Foi realizado um levantamento com os motivos que levam os jovens do município a não continuarem os estudos. Na pesquisa, foi identificada a falta de condições financeiras para a manutenção de uma vida acadêmica em um centro de estudos, acabando desistindo do sonho de cursar o ensino superior.