Depois de um mês de negociação, representantes dos sindicatos dos rodoviários e das empresas de transporte não se entenderam e o assunto será discutido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-BA), na próxima sexta-feira (9), às 14h. Na segunda (5) à tarde, a categoria fez uma manifestação para pressionar o acordo. Os coletivos circularam apenas na faixa da direita, parando em todos os pontos e, após 4 horas de trabalho, os ônibus ficaram parados por uma hora nos finais de linha. A ação teve reflexo nas avenidas ACM e Bonocô e também na Rótula do Abacaxi. Amanhã, os rodoviários vão se reunir em assembleia para discutir o assunto.
Segundo o sindicato, uma greve não está descartada. Os rodoviários reivindicam reajuste salarial de 15%, o fim da hora fracionada, direito a Participação nos Lucros e Resultados (PRL) e que o tíquete alimentação passe de R$ 12,22 para R$ 20. “Apresentamos uma pauta com 31 pontos e estamos discutindo com o sindicato patronal desde o começo do mês passado. Eles não aceitaram, mas também não fizeram contraproposta”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo. O diretor de relações sindicais do Setps, Jorge Castro, contou que seis reuniões foram realizadas.
“O que eles estão pedindo não tem cabimento. Se atendermos a todos os pontos, teremos um acréscimo de 60% na nossa folha”, disse. Ano passado, a categoria conseguiu reajuste salarial e de alimentação de 9%. “O que eles estão pedindo é tão absurdo que qualquer proposta que fizermos vai soar irrisória”, disse. Extraído do jornal Correio.