Para reconstruir o município de Lajedinho, na Chapada Diamantina, atingido por um temporal em dezembro de 2013, o governador Jaques Wagner assinou, nesta quinta-feira (22), na cidade, ordem de serviço para realização de obras, que serão iniciadas imediatamente pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder). A primeira etapa inclui a reconstrução da Prefeitura Municipal, Biblioteca Pública, do Infocentro, do Centro de Referência de Assistência Social e do Mercado Municipal, um investimento de R$ 2,4 milhões.
A segunda etapa contempla a construção de 231 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, e a execução de pavimentação em paralelepípedos. O empreendimento, no valor de R$ 11,3 milhões, será erguido próximo à rodovia estadual BA-131 e contará também com áreas de lazer, quiosque e centro de convivência. O governador Jaques Wagner disse que “a melhor homenagem às vítimas é reconstruir a cidade, deixando-a mais aprazível e estruturada para os moradores”.
A construção de um novo canal e urbanização do entorno do rio compõem a terceira etapa, com obras de macrodrenagem e implantação de equipamentos públicos de esporte e lazer, como quadras poliesportivas e praças. Já a quarta e última etapa vai reconstruir o Clube Municipal, o prédio do Projovem, o Conselho Tutelar, a Secretaria de Assistência Social e a Farmácia Básica. O valor estimado para as duas últimas etapas é de R$ 14,5 milhões.
Boa Vista do Tupim
Na oportunidade, também foi assinada ordem de serviço para a implantação do Sistema de Abastecimento de Água (SAA), no município de Boa Vista do Tupim, que fica próximo a Lajedinho, também na região da Chapada Diamantina. O investimento será de R$ 1,4 milhão.
Ações emergenciais
As atividades de recuperação de Lajedinho começaram logo após a tragédia, com a remoção dos entulhos e limpeza das ruas para restabelecer as condições de tráfego na cidade, evitando também a proliferação de doenças por conta da sujeira e animais em decomposição. Houve a dragagem do córrego numa extensão de, aproximadamente, 500 metros permitindo o escoamento das águas pluviais.
Em parceria com a Defesa Civil, um grupo de trabalho foi montado para estudar as melhores soluções e desenvolver os projetos de reurbanização. Após avaliação técnica, 331 ocorrências foram registradas, entre moradias e estabelecimentos comerciais que sofreram abalo de estrutura ou estavam em zona de risco e os que apresentavam estado mais precário foram demolidos. A quadra poliesportiva municipal, que perdeu o telhado durante a chuva, foi totalmente recoberta para abrigar provisoriamente famílias e armazenar alimentos, roupas e todo tipo de doações que chegaram do Brasil inteiro.