Com construção da ponte Salvador – Ilha de Itaparica e da requalificação de 150 quilômetros de rodovias a partir de 2015, a expectativa do Governo da Bahia é que haja uma convergência de ritmo de crescimento urbano entre a Região Metropolitana de Salvador (RMS), o Baixo Sul e o Recôncavo. Elementos que contribuem com esta tendência foram apresentados na última sexta-feira (23), no auditório da Procuradoria Geral do Estado (PGE), para representantes da Procuradoria do Município, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Contas do Município, Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal.
A melhoria da qualidade de vida da população, segundo o secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, tem como um dos elementos a integração logística. Ao analisar a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que considera as dimensões de longevidade, educação e renda, bem como mais de 180 indicadores socioeconômicos nas cidades de Salvador e Lauro de Freitas, o secretário demonstra que em 1990, a diferença entre a capital baiana (0,56) e Lauro de Freitas (0,47) era expressiva, mas em 2010, com a unificação da malha urbana os índices se aproximaram, sendo 0,76 em Salvador contra 0,75.
“Atualmente Lauro de Freitas apresenta níveis de serviços disponíveis similares à Salvador, às vezes, maiores, como é o caso do número de hospitais por 100 mil habitantes, o número de médicos por mil habitantes e o percentual de jovens matriculados no ensino fundamental”, destaca Gabrielli, ao apontar ainda que “o impacto da ponte não será somente na ilha de Itaparica, por isso será necessário uma reconfiguração da rede de cidades do Baixo Sul e uma redefinição da rede urbana dessa região”, afirma.
O titular da pasta do Planejamento detalhou as diversas frentes de trabalho ao referir-se aos estudos de sondagem, meio ambiente, desenvolvimento urbano, engenharia, hidráulica-marítima, desenvolvimento socioeconômico e modelagem econômico-financeira. O secretário também esclareceu dúvidas dos representantes presentes, a exemplo do custo dos estudos, que representam 1,2% da estimativa do projeto básico, o que está em linha com as práticas internacionais.