Uma rede de atenção para garantir proteção integral e impedir que haja violação dos direitos das crianças e adolescentes está em ação na Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, em Salvador. Trata-se do Plantão Integrado, uma estrutura constituída por órgãos públicos e entidades do Sistema de Garantia de Direitos, que atuam de forma conjunta nos dias de jogos para atender demandas de proteção integral dos direitos do segmento.
Os trabalhos começaram na quinta-feira (12), na Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), em Brotas, onde está instalado o Plantão, reunindo representantes de órgãos do Conselho Tutelar, do Ministério Público, de Delegacias Especializadas, do Juizado da Infância e Adolescência, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), Fundac e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia (SRTE-BA) e entidades envolvidas com ações de proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente na Bahia.
Na abertura dos trabalhos, a coordenadora do Plantão Integrado, Irani Lessa, chamou atenção para a importância e a responsabilidade de cada entidade e órgão participante, na conquista do objetivo principal da rede. “A proteção integral das crianças e adolescentes é o nosso objetivo, e ele só pode ser alcançado por meio desse conjunto articulado de ações governamentais e da sociedade civil”. Segundo Lessa, a rede existe quando a sociedade “se move pelo sentimento de incompletude. Por isso, é necessário gerar confiança nos parceiros, que têm trabalhos imprescindíveis e complementares”.
Mobilização
Técnicos da Sedes estiveram na Fifa Fan Fest, no Farol da Barra, para conscientizar torcedores de várias partes do Brasil e do mundo, que foram assistir ao jogo entre Brasil e Croácia. Com panfletos e ‘cartões vermelhos’, os mobilizadores explicaram a importância de denunciar a exploração sexual e o trabalho infantil, não só nos grandes eventos, mas também durante o ano todo.
O analista de sistemas Átila Silva, que passeava com o filho pequeno, aprovou a iniciativa. “A coisa que eu jamais quero para o meu filho é que ele seja explorado sexualmente. Mundialmente falando, nosso Brasil não pode mais ser visto dessa forma”.