O Conselho de Ética do SDD (Solidariedade) resolveu arquivar o processo contra o deputado Luiz Argolo (Solidariedade), acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youseff junto à Operação Lava Jato. “Tendo em vista a inexistência de provas robustas suficientes para substanciar a denúncia, recomendo ao presidente do Conselho de Ética Nacional do partido o arquivamento do processo”. Foi essa a decisão da agremiação. Assinada pelo relator Pedro Nepomuceno Souza Filho, a medida foi divulgada pela executiva da sigla em Brasília. Ao contrário dos partidos de outros denunciados, o Solidariedade assumiu clara posição pela presunção de inocência do deputado federal da Bahia.
Segundo o deputado federal e presidente nacional da sigla, Paulinho da Força, o deputado baiano já se explicou para o partido e a expectativa é de que haja entendimento também na Comissão de Ética da Câmara Federal. Em clima de Copa do Mundo, esse foi o segundo gol a favor de Argolo. O primeiro foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de devolver o processo da chamada operação Lava Jato à Justiça do Paraná, com a recomendação de que a ação se atenha aos acusados contra os quais existam provas.
A decisão da segunda turma do STF foi unânime e lembrou o voto do juiz federal do Paraná que informa não haver qualquer comprovação do envolvimento de Argolo com a operação. O Supremo, como manda a lei nesses casos, determinou, também, que se novas informações e provas surgirem, que a Justiça federal paranaense informe o Supremo. Contudo, o deputado federal Luiz Argolo, que não renunciou ao seu mandato, tendo certeza da sua inocência, vai pavimentando o caminho de prová-la, e assim, trilhando com força total o caminho para sua reeleição.
No início de maio, Argolo foi exonerado do cargo de vice-líder da agremiação na Câmara Federal quando as denúncias estiveram no centro das discussões políticas, inclusive do noticiário da imprensa. Caso não obtivesse as últimas vitórias, Argolo percorreria um caminho tortuoso frente à campanha eleitoral que surge a partir do próximo mês. Ele poderia ter a candidatura prejudicada, caso as denúncias houvessem se confirmado.
Mesmo com o Solidariedade tendo aderido à pré-candidatura de Paulo Souto (DEM) ao governo do estado, o político deverá marchar ao lado do presidente estadual da agremiação, deputado Marcos Medrado, que, contrariando a decisão da executiva, apoiarão Rui Costa (PT) à corrida pelo Palácio de Ondina. Extraído da Tribuna da Bahia.