Na saída da Arena Corinthians, em São Paulo, logo após a vitória da Argentina sobre a Suíça por 1 x 0, com gol de Di Maria aos 12 minutos da segundo tempo da prorrogação, torcedores argentinos disseram acreditar que o resultado, conquistado com dificuldade, deixou a seleção de seu país mais próxima da final da Copa do Mundo. O torcedor Diego Molea, que veio ao estádio acompanhado por seus dois filhos, Santiago e Ramiro, disse que a partida foi difícil, mas que o resultado o deixou muito feliz. “Estamos contentes. Foi uma partida dura, é um Mundial. Foi um jogo muito difícil, custou a ganhar, mas a Argentina triunfou e passou de fase”, disse.
“Estou seguro que a Argentina agora está mais forte porque foi um grande triunfo em uma partida travada, disputada, difícil. Isso vai levantar as esperanças para seguir de fase”, avaliou. Molea disse que já esteve no Brasil diversas vezes e que gosta muito do país. “Há uma linda disputa e uma boa rivalidade entre Argentina e Brasil, e oxalá esta Copa, que está sendo uma grande Copa, nos dê uma final entre Argentina e Brasil”. O argentino elogiou a organização e o trabalho dos voluntários na Arena Corinthians, onde a partida aconteceu. “É um estádio bonito e foi tudo muito bem”, avaliou.
O argentino Leandro Argañaz, de Santiago del Estero, também considerou o jogo “duro e difícil”. “Mas agora estamos mais fortes. A equipe vai jogar com mais garra – até a final”, disse ele. Esta é a primeira vez que está no Brasil. “É tudo muito lindo, boa gente”, brincou. O paulista Gabriel de Souza Coelho disse ter torcido para a Argentina. “Foi um resultado justo para a Argentina, que jogou mais bola do que a Suíça. Foi um jogo complicado”, disse ele, que assim como Molea, aposta em uma final entre Brasil e Argentina. Coelho disse não ter encontrado problemas na arena do jogo de hoje. “Achei maravilhoso o estádio, o serviço do estádio, a sinalização”.
Já o também paulista Tiago Souza, que torceu para a Suíça, achou o resultado “frustrante”. “A Argentina fez um gol bem no final do jogo e ainda teve uma bola na trave da Suíça para deixar a gente com o coração na mão. Mas o evento foi todo legal, a organização”, avaliou. A paulista Flávia Andrade Pires, que veio ao jogo com o marido Marcelo e o filho Pedro, achou a partida “emocionante”. “Estávamos realmente torcendo para a Argentina para pegarmos a seleção deles na final”, disse ela, que acredita que o Brasil vá conquistar a Copa do Mundo com uma vitória sobre os vizinhos de continente. “Meu filho torce para o Messi e para o Neymar. Quero ver para quem ele vai torcer na final”, brincou ela, ao que o filho respondeu: “Neymar”.
Flávia disse que tudo funcionou bem dentro do estádio, mas que teve problemas na chegada por uma falta de informação da Federação Internacional de Futebol (Fifa) para os torcedores que, como ela, pagaram pela categoria “hospitality”, mais cara, que garante acesso a uma área exclusiva e personalizadas no estádio. “Compramos para o setor hospitality. Pagamos muito caro. Chegamos de um lado [do estádio], mas para a gente assistir ao jogo, teríamos que entrar do lado oposto. Tivemos que atravessar tudo. Faltou muita informação. Pagamos muito caro, mas a gente não sabia. Só agora soubemos que tinha um ônibus. Foi desgastante, principalmente com criança”.
Problemas na a sala e tribuna de imprensa do estádio foram registrados por jornalistas brasileiros e estrangeiros, que reclamaram da oferta de refeições no restaurante do setor de imprensa e da falta de cabos de internet e tomadas suficientes para todos os profissionais na tribuna. Da Agência Brasil.