Durante o encontro com mais de 400 educadores do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), realizado neste final de semana no município de Eunápolis, no sul da Bahia, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) defendeu a criação de novas políticas de inclusão produtiva para agricultores familiares, produtores rurais assentados de reforma agrária, indígenas e quilombolas. De acordo com o petista, essas propostas foram apresentadas pelo candidato ao governo da Bahia, Rui Costa (PT), em seu Plano de Governo Participativo e sugerem também ações para o fortalecimento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para beneficiar diretamente mais de 500 mil trabalhadores do campo na Bahia. O estado possui hoje o maior número de agricultores familiares do país, cerca de 620 mil, e tem mais de 25 mil famílias vivendo em acampamentos demandando terras.
Ainda segundo Valmir, a proposta de Rui Costa (PT) indica ainda a criação do Serviço de Atendimento ao Produtor Rural, considerada um dos exemplos do comprometimento do projeto petista com a população do campo e das comunidades tradicionais de fundo e fechos de pasto e quilombolas do estado. “Será um processo que dará maior agilidade para resolver as pendências no setor, além de auxiliar na aprovação de linhas de crédito para recursos destinados às cooperativas. Temos que ampliar também ações de regularização fundiária, infraestrutura em assentamentos e garantir água, energia, moradias, escolas e lazer para todos”, completa o parlamentar petista.
Para Assunção toda essa estrutura deve estar aliada às atividades do Incra, assegurando também novas desapropriações de terras e de imóveis destinados à reforma agrária. “É fundamental termos essa dinâmica para auxiliar na ampliação da certificação de terra dos agricultores para que esses possam ter créditos em instituições financeiras e aumentar suas produções. Precisamos fortalecer esse elo do produtor rural com os governos e órgãos públicos para garantir o acompanhamento técnico de extensão rural, treinamentos e, consequentemente, o desenvolvimento integral do campo”.