Um acontecimento intrigante tem chamado a atenção dos cientistas de todo o mundo. Em um intervalo curto de menos de um mês, três buracos surgiram na região da Sibéria, na Rússia – ainda não existe confirmação precisa da causa para o surgimento das crateras. Um vídeo feito pelo jornal Siberian Times mostrou o primeiro buraco, com imagens capturadas por um helicóptero mostrando a formação cheia de detritos e sinais de combustão. O primeiro buraco foi detectado em meados de julho. Ele tem cerca de 80 metros de diâmetros, 60 m de profundidade e fica na Península Yamal, localização de um grande campo de gás que é explorado pela gigante da energia russa Gazprom – o campo foi descoberto em 1972.
Assista vídeo com o primeiro buraco:
Apesar de ter sido visto recentemente, há desconfiança de que o buraco está lá há meses ou anos: uma camada de gelo foi detectada nas bordas do buraco. Ou seja, se foi alguma explosão, o calor teria derretido todo esse gelo, que voltou a surgir com o tempo. Cientistas foram ao local coletar dados para investigar o caso. Esta semana, dois novos buracos foram detectados. Eles são menores que o primeiro, mas têm estrutura parecida. Um está perto da aldeia de Antipayuta, no distrito de Taz. Tem diâmetro de 15 m e fica a algumas centenas de quilômetros do primeiro buraco, também na Península Yamal. O outro está perto da aldeia de Nosok, na região de Krasnoyarsk. Tem 4m de diâmetro e profundidade estimada entre 60 e 100 m. Ele tem um formato perfeito de cone.
No momento, a principal teoria para explicar o surgimento dos buracos envolve um fenômeno conhecido como fuga de gás – o gelo no solo derrete e com isso bolsões de gás acabam escapando de maneira violenta, não causando necessariamente fogo ou explosões. Ainda não há um consenso sobre a formação das crateras e cientistas estão tentando investigar mais para chegar a um ponto em que consigam prever o surgimento de um buraco do tipo. Do jornal Correio.