Reviravolta na posição do PTdoB entre as chapas majoritárias na concorrência pelo governo do estado.
Na segunda-feira (4), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgou favorável a presença da agremiação na coligação Pra Bahia Mudar Mais, que tem Rui Costa (PT) como candidato a governador da Bahia, João Leão (PP) para vice-governador e Otto Alencar (PSD) para senador. No entendimento do tribunal, foi correta a intervenção nacional do partido no diretório regional. A intervenção validou a ata que consolida apoio à chapa majoritária de Costa, o que contraria as articulações da presidente da sigla na Bahia, Dilma Gramacho, que apoia a candidatura de Paulo Souto (DEM). Ela, inclusive, esteve presente na convenção do democrata.
O vereador Joceval Rodrigues (PPS), uma das principais lideranças da Frente Jorge Aleluia, grupo apoiador da candidatura de Souto, classificou a medida como um absurdo. “Nós devemos recorrer sobre esse assunto, pois Dilma fez tudo como manda a legislação, entregou a documentação, fez a convenção dentro do prazo e sua decisão foi acertada e não estava irregular”, lembrou. Em contato com a equipe do jornal, Dilma Gramacho demonstrou insatisfação ao comentar a decisão da Justiça Eleitoral contrária ao acordo já firmado por ela e partidários do PTdoB em prol da ala oposicionista ao governador Jaques Wagner (PT).
Mesmo irritada com a situação, ela pretende continuar com a legenda e tentará recorrer de alguma forma. “Foi uma armação do PT. Fizeram tramoias com o presidente nacional do PTdoB, que não levaram em conta as nossas decisões e prioridades locais”, acusou. No início de julho, Dilma já havia denunciado assédio dos petistas para apoiar a chapa majoritária apadrinhada pelo governador Jaques Wagner (PT), inclusive com acusações de chantagem. Ela foi pega de surpresa no ato do registro das candidaturas, após ver a sua sigla na coligação petista. “Entregaram uma lista do PTdoB vazia”, comentou, na época. Extraído da Tribuna da Bahia.