Por Adalício Neto*
O filme “Planeta dos Macacos: O Confronto” conseguiu manter o mesmo ritmo do filme anterior da franquia e prender a atenção do espectador. Nesta feita, o diretor Matt Reeves fez um blockbuster que conta mais um passo da origem de uma nova sociedade, tendo como líder o macaco César (Andy Serkis), que conquistara sua liberdade 10 anos antes.
Nessa época um cientista em busca da cura do mal de Alzheimer fez experimentos em uma chipanzé com uma vacina ALZ-112 criada por ele. Essa cobaia é justamente a mãe de César, que recebeu hereditariamente a mutação genética. O filhote é criado secretamente pelo cientista e se transforma nesse protagonista interessante.
Os humanos sofreram uma epidemia com o vírus ALZ-112, que foi popularmente denominado de vírus “simius” e acabaram tendo sua população muito reduzida. Apenas os imunes à doença sobreviveram e se refugiaram em uma torre semiacabada no que outrora foi uma cidade. A criação de uma comunidade de macacos pode ser observada logo na primeira cena do filme, onde os macacos caçam um alce como homens das cavernas.
Vivendo nas florestas das cercanias da cidade de São Francisco, esse grupo de símios tem regras estabelecidas, como “macaco não mata macaco”. Os filhotes são educados em locais como salas de aula ao céu aberto e aprendem a ler e escrever. Entre eles a especulação é que os humanos foram extintos. No entanto, em meio a essa realidade, um grupo de humanos se encontra com esses macacos evoluídos.
Os sobreviventes de São Francisco precisam chegar até uma hidroelétrica dentro dos domínios dos símios para conseguir um fornecimento de energia eficaz para sua torre. Esse acontecimento acaba sendo chocante para ambos e a partir daí é que os conflitos começam. Eles não confiam um no outro e não aceitam muito uma convivência pacífica, já que os humanos pensam na devastação do vírus “simius” e os macacos lembra dos experimentos, como tortura física, praticados pelos cientistas.
Finalmente César consegue enxergar os defeitos da sua sociedade. Defeitos tais que ele condenava nos humanos estavam entre seus irmãos, como a cobiça pelo poder, a mentira, a violência. As duas raças acabam entrando em confronto direto e o resultado disso é um avanço mais para os macacos que para os seres humanos.
*Adalício Neto é jornalista e colunista do Jornal da Chapada