Dez espetáculos, quatro intervenções urbanas e três danças de rua compõem a programação da 16ª edição do Quarta que Dança, que a partir do dia 3 de setembro promove apresentações em Salvador e mais quatro cidades do interior baiano – Juazeiro, Lauro de Freitas, Mucugê e Porto Seguro. Cada trabalho será encenado duas vezes, em locais diferentes, gratuitamente, contabilizando 34 sessões de uma mostra, que seguirá em todas as quartas-feiras até 29 de outubro, num panorama contemporâneo da diversidade da produção em Dança na Bahia. As 17 propostas participantes foram selecionadas entre 74 inscritas no edital público do projeto, que é promovido pela Fundação Cultural do Estado (Funceb), entidade vinculada à Secretaria de Cultura (Secult). A programação está disponível na página da Funceb (www.fundacaocultural.ba.gov.br/qqd).
Na data de estreia, um trabalho de cada categoria será apresentado em Salvador. Tudo começará às 16h, com a intervenção urbana Cena Paradox, de Leda Muhana, com o voo dos intérpretes-criadores Maju Passos e Marcelo Galvão, que encenam uma coreografia no ar, a partir da balaustrada da varanda do Palácio Rio Branco, na Praça Municipal. Às 18, na Praça do Campo Grande, terá a dança de rua Emobóticos, de Marcos Muniz, inspirado num clima futurista e em filmes de ficção cientifica, fazendo máquinas terem ritmo, com acessórios luminosos e batidas eletrônicas. Às 20h, o palco do Espaço Xisto Bahia (Barris) sedia a abertura oficial do projeto, marcada com o espetáculo Alfaunosfinitos, do grupo In-Contro, que trata das relações do homem com suas semelhanças e diferenças, partindo do ponto de vista de que somos apenas parte de um sistema pré-organizado, denominado cosmo.
Ao longo das nove semanas, em Salvador e região metropolitana, os espetáculos estão escalados para o Centro Cultural Plataforma, Cine-Teatro Solar Boa Vista, Espaço Cultural Alagados, Espaço Xisto Bahia ou Cine-Teatro Lauro de Freitas. Estes espaços culturais públicos são integrados em parceria com a Diretoria de Espaços Culturais da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult/Secult), que se completa com a participação do Centro de Cultura de Porto Seguro.
Já as performances ao ar livre – intervenções urbanas e danças de rua – acontecem em ambientes urbanos da capital, assim como as sessões que ocorrerão em Juazeiro e Mucugê. Cada proposta integrante receberá um cachê total de R$ 7 mil, para os espetáculos, e de R$ 5 mil, para intervenções urbanas e danças de rua, totalizando R$ 105 mil. Os custos pelo deslocamento entre municípios, hospedagem e alimentação, em caso de viagem, são da Funceb.
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Para o coordenador de Dança da Funceb, Matias Santiago, o Quarta que Dança é um projeto importante na difusão da Dança na Bahia. “Esse ano, teremos pela primeira vez no projeto uma intervenção urbana do interior sendo encenada em Salvador – ‘E Se Você Fosse’, de Cleybson Lima, de Juazeiro. O projeto contempla as várias tendências e modalidades da dança – contemporânea, moderna, dança de rua, experimentação, performances, dança das academias.
“A gente está trazendo o trabalho das academias de dança da Bahia. Isso é muito bom. O público terá um mosaico legal das várias tendências da dança. A produção artística do interior está ganhando mais espaço. O intercâmbio entre os grupos e bailarinos é muito interessante. As intervenções urbanas, a dança de rua, as mudanças no ritmo de dançar e de conceber as coreografias. Tudo isso a gente vê no Quarta que Dança”, explica Matias.