A partir desta quarta-feira (3) até a próxima sexta-feira (5) representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Ministério Público do Meio Ambiente, Banco do Brasil, Centro de Estudos Sócio-Ambientais (Pangea) e do Governo da Bahia estarão debruçados sobre este tema, em encontro a ser realizado na Organização Fraternal São José, localizada à Rua Luis Tarquínio, 18, no Bairro da Boa Viagem, em Salvador. Representando o Governo da Bahia estarão técnicos da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR); e das secretarias estaduais de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em especial os da Superintendência de Economia Solidária (Sesol).
Participação
O secretário estadual do Trabalho e Esporte, Nilton Vasconcelos, vai participar do evento que pretende, entre outras propostas, debater o fechamento dos “lixões” com a inclusão sócio-econômica dos catadores; as políticas nacional e estadual de resíduos sólidos; e as contratações de serviços de coleta seletiva feitas por cooperativas, através do poder público municipal.
Para os três dias de evento ainda estão programados debates, oficinas e exposições técnicas, além das experiências realizadas pelos municípios de Alagoinhas e Lauro de Freitas; e feitas durante o Carnaval 2014 de Salvador. O problema de resíduos sólidos no Brasil ainda preocupa. Permanecem inúmeros “lixões” em funcionamento, contrariando o que determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que exigia o fechamento de todos até o mês de agosto passado.
Situação
Hoje, a Bahia concentra a maior população de catadores de resíduos sólidos da Região Nordeste, com 34 mil trabalhadores. No Brasil são 387.910 que se autodeclararam catadores com rendimento médio no Brasil de R$571,56 e na Bahia de R$ 459,34. A taxa de analfabetismo entre os catadores no Brasil atinge a 20,5% e na Bahia chega a 34,0%.
O sexo masculino é predominante entre as pessoas que exercem a atividade de coleta e reciclagem de resíduos sólidos no Brasil, sendo que os homens representam 68,9 % com as mulheres atingindo 31,1%. Na questão racial, entre as pessoas que trabalham com a coleta e reciclagem no Brasil 66% do total são negros e negras. O maior percentual de negros entre esses profissionais está no Norte com 82,0% e o menor, no Sul, com 41,6%.