“A desassistência à saúde hoje na Bahia é impressionante”, afirmou o candidato a governador, Paulo Souto, da coligação “Unidos pela Bahia”, durante a Sabatina, promovida pela TV Aratu, Grupos A Tarde e Metrópole, no final da tarde desta terça-feira (2). A rejeição das pessoas à central de regulação do estado foi apontada por ele como um problema que precisa ser resolvido. “No interior, os pedidos são para acabar com a regulação, quando ela deveria ser um instrumento para melhorar o atendimento”, observou.
Na opinião de Paulo Souto, a gestão da central de regulação, sistema que controla a oferta e procura dos atendimentos, deve ser melhorada, mas faltam leitos hospitalares para atender a demanda do estado. “Para melhorar a situação da assistência à saúde na Bahia, além de mudanças na regulação, é preciso aumentar a eficiência dos hospitais estaduais, assim como também contratar leitos do setor privado. É inadmissível que os baianos continuem morrendo por falta de atendimento”.
A questão da violência também esteve na pauta da Sabatina. Para Paulo Souto, a situação da “insegurança pública” esta insustentável. “A Bahia passou a ser um dos estados mais violentos do País. E a situação começou a ficar mais grave a partir de 2007”, disse, propondo o restabelecimento da confiança entre governo e polícias, cuja relação se esgarçou ultimamente.
O aumento e a melhor distribuição do contingente policial foi outra proposta apresentada pelo candidato oposicionista, que ainda defendeu a integração das polícias militar e civil por meio de grupos especiais, as chamadas forças-tarefas, com participação também do Ministério Público. Além disso, propôs o policiamento mais intensivo nas fronteiras para coibir a entrada de drogas no estado, a recuperação da capacidade das Companhias Especiais de Polícia e o investimento em inteligência e tecnologia para o combate ao crime.
Diante da queda de qualidade da educação na Bahia, o candidato Paulo Souto considerou que mais escolas em tempo integral precisam ser implantadas no estado. “É fundamental que nossos jovens tenham a mesma carga horário de países, como o Chile, onde hoje é o dobro, em matemática e outras disciplinas essenciais”. Ele, no entanto, observou que não precisa construir novos CIEPS ou CIACS, experiências fracassadas do governo de Leonel Brizola no Rio de Janeiro e do ex- presidente Fernando Collor de Mello.
“É possível utilizar as estruturas das escolas existentes e construir centros, como foi proposto na campanha de ACM Neto à prefeitura de Salvador, localizados de forma a absorver os alunos das escolas de determinadas regiões no contraturno para reforçar o ensino das disciplinas básicas e desenvolver atividades que envolvam artes, cultura, esportes e lazer”, explicou Paulo Souto.