Mais uma denúncia do PT do município de Sento Sé, no Vale Franciscano, chamou a atenção do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que voltou a cobrar investigação contra o prefeito Ednaldo dos Santos Barros (PSDB), esta semana em Brasília. De acordo com o parlamentar, são mais de R$ 48 milhões desviados em obras fantasmas ou fraudulentas e as ações estão em fase final de julgamento pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). “Por meio dos mecanismos de investigação e de transparência criados e melhorados pelos governos do PT, ficou possível descobrir os desvios do dinheiro público. Sento Sé tem recebido recursos como nunca em toda a sua história, mas o grupo político que está no poder não tem aplicado os recursos dos convênios firmados com o governo da presidente Dilma”, aponta Valmir.
As irregularidades envolvem convênios já liberados e vão desde a implantação de um canal de drenagem, centro de cultura, aterro sanitário, construção de três praças públicas na zona rural, pavimentação de paralelepípedo, até construção de quadra poliesportiva e infraestrutura urbana. Além desse conjunto de convênios, outras obras já foram denunciadas. “Isso mostra como Sento Sé está perdendo esse momento de desenvolvimento que vive o país e que municípios estão aproveitando para conquistar obras. Se Sento Sé estivesse aplicando todos esses recursos que vêm recebendo dos governos federal e estadual, a realidade da cidade seria diferente, bem melhor. Por isso, é preciso que a Justiça seja ágil na punição dos responsáveis de tais absurdos em Sento Sé”, completa o deputado petista.
Há suspeita ainda de processo licitatório fraudulento. Segundo Valmir, essa ação é usada para justificar mais de uma obra da mesma natureza. “Esse método é usado como manobra para receber mais dinheiro. O pior é que grande parte dessas obras não existem no município, e, parte delas, nem de longe, representam os valores liberados para construí-las. Ainda há denúncias de que cinco máquinas recebidas pelo município, pelo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], do governo Dilma, não tem beneficiado a população devido aos desvios de suas funções. Cito o exemplo de um caminhão-pipa utilizado para molhar canteiros de gramas na entrada da cidade, enquanto os povoado ficam 10, 20 dias sem abastecimento de água. Outras máquinas são vistas nas fazendas do prefeito, do vice e de seus apadrinhados políticos”, informa Assunção.