O soldado Prisco é o único candidato em solo nacional que concorre a um cargo público e não poderá votar em si mesmo. Isso porque as restrições impostas pela Justiça, desde as mobilizações que buscavam melhores condições de trabalho para os policiais militares em 2014, o impossibilita de sair de casa depois das 20 horas de segunda a sexta-feira e nos finais de semanas e feriados a qualquer hora. “Como as eleições ocorrem num domingo, Prisco, mesmo candidato a cargo público, não poderá votar em si e participar do processo de apuração. Até mesmo os presos provisórios podem exercer o direito constitucional de voto já que as urnas vão até eles”, reclamou a advogada do candidato, Marcelle Maron.
Conforme explica a advogada, mesmo após os argumentos que embasaram o pedido de prisão de Prisco por 90 dias ter caído por terra (manutenção da ordem pública durante a Copa do mundo no Brasil), o procurador-geral da república, Rodrigo Janot, continua a pedir a prisão do candidato por 180 dias em presídio federal. “Não existe mais qualquer motivo para prisão. Como se não bastassem as restrições, querem que Prisco concorra ao cargo público atrás das grades? Não faz sentindo!”, reclamou a advogada.