O candidato a governador, Paulo Souto, da coligação “Unidos pela Bahia”, garantiu que, no caso de eleito, o SAC – Serviço de Atendimento ao Cidadão vai voltar a ter o padrão de qualidade e excelência de quando foi criado em 1995, no seu primeiro governo, e serviu de modelo para a reprodução da experiência pelo Brasil e pelo mundo. “A degradação atual do serviço é consequência da má gestão e desinteresse de um governo que só pensa em fazer política e se esquece de cumprir a sua obrigação de servir ao povo”, afirmou, depois de tomar conhecimento das inúmeras queixas de ouvintes contra a queda da qualidade do SAC, em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, na manhã desta segunda-feira (15).
Responsável pela implantação do SAC, Paulo Souto ficou decepcionado com as reclamações feitas, que foram desde a precariedade dos banheiros à falta de pessoal para a prestação dos serviços. “É um absurdo que o governo do PT submeta a tal vexame um órgão, que sempre funcionou bem e era elogiado por todos. Mas, se eleito, tomarei as medidas necessárias à recuperação da qualidade e eficiência do SAC”. Para Paulo Souto, a decadência atual do SAC reflete o fracasso do governo petista, que foi incapaz em quase oito anos de proporcionar aos baianos serviços públicos com qualidade. “A situação ainda é mais grave na saúde, segurança e educação, os três setores fundamentais na administração pública, por estarem diretamente ligados à vida das pessoas”, disse na entrevista que concedeu à TV Record Bahia, antes da Rádio Sociedade.
No caso da saúde, Paulo Souto considerou a situação mais grave do que se imagina. “É preciso melhorar tudo”, afirmou, ao relatar o que tem constatado nas viagens de campanha pelo interior do estado. “As pessoas estão com verdadeiro pavor da central de regulação”, observou, expondo a necessidade de melhorar a gestão desse sistema de controle de oferta e procura dos serviços públicos de saúde. “Para a urgência do problema, é preciso gerir com mais eficiência os leitos dos hospitais estaduais, assim como comprar vagas nos estabelecimentos hospitalares filantrópicos e privados, porque a construção de novos hospitais demanda tempo”, explicou Paulo Souto.
O candidato a governador citou como exemplo do problema de gestão dos hospitais públicos a existência de dois andares ociosos no Hospital da Criança de Feira de Santana, que poderiam ser ocupados por uma unidade materno-infantil, o que permitiria a liberação de leitos no Hospital Clériston Andrade. Para enfrentar a violência que tomou conta da Bahia, Paulo Souto afirmou que, eleito, vai assumir o comando da solução do problema, tomando para si a responsabilidade de restaurar a confiança entre governo e polícias, abalada pelas greves dos últimos anos. Além disso, propôs a integração policial com a formação de forças-tarefas para o combate ao crime organizado, bem como o aumento e melhor distribuição do contingente, e o investimento em inteligência e tecnologia.
A implantação de escolas em tempo integral será uma das prioridades de Souto para a educação. Ele destacou a necessidade de um novo conceito em que o aluno seja o foco das atenções, além de criar condições mais atrativas para a manutenção dele em sala de aula com uso de novas tecnologias. “O ensino profissionalizante também será uma de nossas metas, para o qual buscaremos capacitar os professores e estabelecer parcerias com o Sistema S”.