A corrida eleitoral tem deixado marcas de mudanças no cenário nacional, tanto que a presidente Dilma Rousseff (PT) já virou o jogo em várias áreas, como na Classe C, entre os jovens brasileiros e conseguiu também o apoio de comunicólogos e profissionais de imprensa. Para a secretária do PT e coordenadora de Juventude da campanha de Dilma na Bahia, a jovem Ara Brasil, enquanto Marina Silva cai nas pesquisas de 37% para 32% em uma semana, Dilma segue crescendo e passou de 32% a 36%, junto à faixa mais jovem do eleitorado. Ainda segundo a dirigente, no Nordeste, em um possível segundo turno, a presidente petista dobra sua vantagem na região, de 13 para 26 pontos.
“Após as manifestações de 2013, o governo Dilma propôs uma série de ações que vão ao encontro das reivindicações da juventude. A principal delas, a reforma política, está entre os principais debates da campanha de Dilma, o que anima os jovens brasileiros a seguir com a presidenta. Além disso, a juventude quer ampliar direitos – sabemos que muito foi conquistado e justamente por isso que nossos anseios cresceram. Isto foi entendido pela presidenta”, aponta Ara Brasil.
O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) disse que a candidata Marina Silva (PSB) perdeu espaço quando se aliou ao Pastor Malafaia, símbolo máximo da homofobia e do reacionarismo religioso, e a Paulo Bornhausen, do núcleo duro dos ruralistas, e filho de Jorge, ex-presidente do DEM. “Esse último queria promover um desmonte do Estado brasileiro. Com esses apoios, ela não conseguiu manter o eleitorado jovem e progressista do seu lado”, completa. O petista também acredita que a queda de Marina se deve ao reconhecimento dos jovens às políticas do governo, como o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).