A Polícia Civil (PC) ainda aguarda a jovem de 19 anos agredida por homofobia na noite do último dia 9, em Brotas, para registrar o boletim de ocorrência contra o homem que a espancou. A delegada Maria Dahil, titular da 6ª Delegacia Territorial (Brotas), afirmou que a jovem não deu queixa na unidade. “Já conferimos todas as ocorrências e não há registro do caso”, disse. Segundo a assessoria da PC, a orientação é de que a jovem informe, oficialmente, características do agressor para que as investigações sejam iniciadas. Conforme o levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), 218 mortes por homofobia já foram registradas em todo o país, até setembro deste ano. A reportagem de A TARDE tentou contato com o presidente da organização para obter dados locais, mas as ligações não foram atendidas.
Abordagem
A jovem, que pediu para não ser identificada, foi abordada por um homem em um ponto de ônibus, enquanto aguardava o coletivo. Segundo o relato da vítima a um jornal do Rio de Janeiro, o homem começou o assédio com um tom de ameaça de estupro e ofensas de cunho homofóbico. Ele a teria chamado de “sapata nojenta”, e disse que ela apanharia por causa da “cara asquerosa de sapatão”. A jovem foi atingida por socos, pontapés e teve a cabeça batida contra o chão. Ainda de segundo a vítima, esta não foi a primeira vez. Aos 15 anos, ela levou um soco de um desconhecido ao andar de mãos dadas com a namorada. Extraído do jornal A Tarde.