A reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) com mais de 54 milhões de votos deixou a militância do PT em festa durante toda a noite de domingo (26) e a madrugada de segunda (27). Presente ao ato de comemoração no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, o deputado federal Valmir Assunção voltou a criticar a revista Veja e os atos de xenofobia contra o nordeste. Lembrando a suposta denúncia da Veja contra o governador eleito, Rui Costa (PT), antes do pleito do primeiro turno, Assunção destacou “que a tentativa de mudar a opinião pública e de intervir na eleição foram frustradas e que a população voltou a confirmar o projeto que mudou a vida de milhões de brasileiros”. O parlamentar petista ainda repudiou os atos xenofóbicos contra os nordestinos, que tiraram toda a diferença de votos da elite sulista do país.
“É uma vergonha o que estão falando dos nordestinos, um povo sofrido que agora vive dias de glória. O nordeste era uma região esquecida pelos governos do PSDB, mas agora tem voz e condições de eleger quem vai lhe representar no Palácio do Planalto”, dispara Valmir. O petista também destaca a vitória “esmagadora de Dilma na Bahia”, apontando a liderança do governador Jaques Wagner (PT) na condução do processo eleitoral. “Wagner elegeu o sucessor [Rui Costa] e, junto com ele, comandou a vitória de Dilma no estado, foram mais de 5 milhões de votos neste segundo turno. Agora é hora de agradecer o povo brasileiro pela maturidade política de eleger Dilma na mais sórdida eleição desde 89”. Valmir ainda citou a participação do presidente do PT, Everaldo Anunciação, que foi o coordenador da campanha da presidente na Bahia.
Dilma Rousseff teve a maior vantagem no Nordeste, onde conseguiu 71,69% contra 28,31% do tucano Aécio Neves, com diferença de 12,2 milhões de votos. No Norte, a presidente reeleita ganhou por 56,54% contra 43,46%. A vantagem na região chegou a 1,01 milhão de votos. “Já era esperado que os nordestinos fossem pra as urnas com a intenção de reeleger o projeto do PT. Na Bahia, Dilma saiu na frente em 412 municípios, dos 417. A novidade para muitos, não para mim, foi o candidato tucano ter perdido em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, estados onde governou e morou, respectivamente. Estavam corretos os políticos que falaram que quem conhece esse rapaz não vota nele”, conclui Valmir Assunção.