O governador eleito Rui Costa (PT) avalia seriamente a possibilidade de entregar uma secretaria ao deputado federal Nelson Pelegrino. Com a iniciativa, mataria dois coelhos de uma só cajadada: além de encurtar o caminho para a entrega de um mandato ao ex-secretário estadual Robinson Almeida (Comunicação), que ficou na terceira suplência entre os candidatos à Câmara na coligação governista, atenderia a um desejo de um dos parlamentares que se mantiveram mais firmes ao seu lado durante os momentos mais difíceis da campanha, enquanto ele não subia nas pesquisas e a grande maioria achava que não conseguiria se eleger governador.
Pelegrino vê a ocupação de um cargo de primeiro escalão no governo como uma forma de se reconciliar com o eleitorado de Salvador, cuja Prefeitura não sai de seus planos conquistar no que seria sua quinta tentativa. Depois de perder a sucessão para ACM Neto em 2012, o PT imaginava que ele mantivesse uma votação estrondosa na capital baiana na corrida pela reeleição agora, mas seus votos minguaram para pouco mais de 111 mil.
Sua presença em Salvador, garantida pela indicação a um posto de relevância na administração estadual, seria a forma de resgatar o eleitorado de Salvador e se manter no jogo para 2016, ano da sucessão do prefeito, num momento em que, percebendo o “vácuo” que se abriu no governismo em decorrência da falta de uma candidatura natural do PT à Prefeitura, novos nomes começam a se insinuar entre os governistas para disputar a Prefeitura. Um dos primeiros deles foi o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcelo Nilo, do PDT. Rui pretende anunciar seu secretariado todo de uma vez entre os dias 1° e 10 de dezembro. Do Política Livre.