Em meio à tentativa de quebrar a hegemonia do atual presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, cujo mandato já dura oito anos, o deputado estadual Alan Sanches (PSD) surge como a mais nova alternativa para o embate. Em contato com a Tribuna da Bahia, Sanches, que já foi presidente da Câmara de Vereadores de Salvador e é líder do PSD no Legislativo Estadual, bem como braço direito do senador eleito Otto Alencar, afirmou não ter “absolutamente” nada contra o atual gestor. No entanto, disse ser a favor da renovação no parlamento e o fim da reeleição. “Por conta disso, ouvirei os meus pares e coloco o meu nome à disposição para fazer uma Assembleia ainda melhor. Pelo relacionamento criado com os colegas nesta legislatura buscarei consenso. Não busco unanimidade na base aliada nem no partido, mas, democraticamente, vou buscar a maioria”, frisou.
Ele destaca ainda integrar a segunda maior bancada da Casa, o PSD, que elegeu oito deputados, ficando atrás apenas do PT, com 11, o que, consequentemente, o credencia para o embate. Além de Alan Sanches, estariam no páreo o deputado reeleito Sargento Isidório (PSC), o atual líder da bancada do governo, Zé Neto (PT) e o líder da bancada do PT, Rosemberg Pinto. A eleição da mesa é realizada em fevereiro, após o inicio da 18ª Legislatura. Em entrevista recente, Nilo afirmou ter certeza que o governador Jaques Wagner e o seu sucessor, Rui Costa reconhecerão a sua força política e sua lealdade”. Na quarta (29), durante evento para anunciar a equipe de transição, o novo governador foi enfático ao afirmar que não irá interferir na disputa. “Se eu for conversar vou conversar com todo mundo, mas não vou interferir”.
Mais além, Rui afirmou não ter acordo com nenhum candidato. “Você pode gravar e registrar. Não fiz acordo com ninguém. Hoje, ontem e amanhã a minha resposta será sempre essa. Não vou interferir na decisão da Assembleia. Nós devemos fortalecer aquela instituição e os deputados são maduros, não tem ninguém ingênuo lá, então vão escolher a melhor alternativa”, disse, complementando: “se como militante político um ou mais vier pedir minha opinião, eu darei, mas o estado não será utilizado para favorecer A, B ou C. Os deputados vão escolher aquele melhor para os pares”. Por fim, Rui Costa não deixou de agradecer ao atual governador Jaques Wagner, por ter implantado a democracia plena no estado. “Um exemplo é Assembleia que em seu governo passou a ter ampla autonomia, com projetos importantes relatados por deputados seja do governo ou da oposição”. Da Tribuna da Bahia.