Os dois pontos perdidos no jogo contra o Coritiba, no Barradão, na 35ª rodada, estão fazendo falta ao Vitória, que foi a Santa Catarina com o objetivo de arrancar ao menos um empate com o Figueirense, neste domingo (23). Mas o Rubro-Negro baiano foi um time limitado, com dificuldades mesmo diante de um adversário com pouco poder ofensivo. Faltava qualidade ao meio-campo, limitava-se a chutões, na esperança de encontrar Vinicius ou Dinei desmarcados.
No início, até que o Vitória deu esperanças a seu torcedor. Dinei deu a saída de bola e tabelou com Vinícius, recebendo na frente e chutando forte. Era fogo de palha. Os problemas logo apareceram e para piorar aos 17 minutos Marco Antônio bateu falta da esquerda, a bola chegou até Pablo que desviou de cabeça. A bola encobriu Roberto Fernández e foi para fundo da rede. Figueirense 1 x 0 Vitória, um resultado desastroso.
A falta de apetite foi reconhecida no intervalo, por Marcinho: “Eles estão ganhando todas as bolas! Eles têm mais disposição do que a gente, e a gente precisa mais do que eles”. A dois jogos do final do campeonato e adversários complicados, embora sem maiores pretensões (Santos, em casa e Flamengo na Arena Amazônia), o Vitória terá que vencer as duas partidas, tarefa difícil diante dos últimos resultados.
O desinteresse do Vitória em campo parecia um reflexo do que se via no banco. O técnico Ney Franco olhava o time se arrastando em campo, mas teimava em manter o mesmo padrão de jogo. Pedia para tomar o segundo gol. E ele veio ao 14 minutos, outra vez com Pablo, dessa vez com um chute forte de fora da área, aproveitando rebote da defesa. Figueirense 2 x 0 Vitória. Só aí Ney Franco parece ter percebido que precisava mexer no time e tirou Escudero e Marcinho para entrada de William Henrique e Edno. Depois, Juan em lugar de Mansur. Tarde demais. O Vitória era um time derrotado em campo e no espírito. Extraído da Tribuna da Bahia.