Os agricultores familiares da região de Jacobina, na Chapada Diamantina, estão descobrindo, na produção de flores, uma alternativa de renda. Um exemplo é o agricultor João Nunes, da comunidade dos Bagres, município de Miguel Calmon, que, atualmente, produz cerca de 300 dúzias de rosas por semana. Segundo técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), as condições de solo e clima da região são favoráveis à produção de variedades de flores.
Com o trabalho de assistência técnica e capacitação, a EBDA, que é vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), espera contribuir para que a produção de flores seja uma das principais fontes de renda para a agricultura familiar. Na região, é possível cultivar rosas, dálias, crisântemos, palma-de-santa-rita e outras variedades de flores. “Desde o início do meu plantio, recebo assistência e até hoje conto com os técnicos da empresa para qualquer coisa que preciso”, enfatizou o agricultor João Nunes. Ele disse que recebe assistência técnica tanto na área de produção quanto na de comercialização.
Segundo o gerente regional da EBDA de Jacobina, Renato Coelho Filho, o foco do trabalho é fortalecer a cadeia produtiva na região, visando a geração de emprego e renda para os agricultores familiares. “Realizamos assessoria técnica para produtores de rosas na Chapada Diamantina, tendo como atividade principal o intercâmbio para troca de experiências, alimentando, assim, a rede de produtores da Chapada”.
Incentivo
A produção e comercialização de flores, na região de Jacobina, recebe o incentivo dos programas Flores da Bahia, Cadeia Produtiva das Flores e Projetos Comunitários. De acordo com Renato Coelho Filho, nos últimos meses, a equipe da gerência elaborou quatro projetos para fomento da atividade. Ele destaca dois – o primeiro, junto ao Proinf (Ação de Apoio a Projetos de Infraestrutura e Serviços em Territórios Rurais), financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), busca apoiar a estruturação da Cadeia Produtiva de Flores da Agricultura Familiar, no Território Piemonte da Diamantina. O outro é o Projeto de Investimento no Cultivo de Flores na Comunidade de Fedegosos, no município de Morro do Chapéu.
“As ações da EBDA envolvem elaboração de projetos e assistência técnica continuada aos beneficiários, oferecendo um norteamento diante das atividades propostas”, observa a técnica Louise Silva. Ela afirma que a cadeia produtiva de floricultura, na região, é promissora. “Só nesses dois projetos são mais de 120 agricultores assistidos, sendo que a grande maioria é de mulheres”.
Atendimento
Outras áreas atendidas pela Gerência de Jacobina são a Comunidade de Jenipapo, no município de Saúde, e Comunidade dos Bagres, em Miguel Calmon, esta se estendendo a alguns municípios que não fazem parte da jurisdição da Gerência de Jacobina, mas que necessitam de apoio técnico, a exemplo da Associação de Floricultores Reassentados de São José, em Ponto Novo, onde estão em fase inicial das atividades.