A eleição acabou, mas a oposição continua com o clima de terror adotado por eles durante toda a campanha. Essa afirmação é do deputado Valmir Assunção (PT-BA), que se pronunciou na Câmara Federal nesta quarta-feira (3) contra as declarações ofensivas do senador tucano Aécio Neves. O candidato derrotado pela presidenta Dilma no pleito de outubro acusou o PT de ser uma “organização criminosa”. A direção nacional do partido, por meio de seu presidente Rui Falcão, vai interpelar Neves na Justiça. “A oposição vem criando esse clima de golpe e impeachment, ainda não aceitaram a derrota. Enquanto isso, os estados começam a se reformular para enfrentar mais um momento de debates importantes para o país”, salienta Valmir. O deputado baiano defendeu a decisão de Falcão de interpelar judicialmente o senador e pediu para que todos os militantes fizessem o mesmo.
“Todos nós, parlamentares e militância do PT temos que fazer a mesma coisa, porque não podemos aceitar que, em um regime democrático, o candidato derrotado, que devia ter aceitado o processo eleitoral, fique questionando e tentando encontrar justificativas na sua incapacidade de convencer o povo brasileiro”, pontua. Já sobre as mudanças apresentadas por Rui Costa esta semana, para o novo governo que começa em 2015, Valmir aponta para questões que os políticos devem se debruçar. “Na Bahia, por exemplo, o governador eleito Rui Costa está em pleno vapor com a reforma administrativa. Os políticos precisam cuidar disso, de manter o máximo de participação popular”.
Para Assunção, “Rui Costa demostra que o governo continuará ouvindo os movimentos sociais. Prova disso é que Rui segue com a Sepromi [Secretaria de Promoção da Igualdade Racial] e a SPM [Secretaria de Políticas para as Mulheres]. Sem falar na criação das Secretarias de Infraestrutura Hídrica e Saneamento [SIHS] e a de Desenvolvimento Rural [SDR]. Essa última vai substitui a Sedir e deve ampliar o foco na agricultura familiar”. Ainda segundo Valmir, o que é importante agora é um governo mais ágil e eficiente, com a redução de secretarias, que passa de 27 para 24, e a reestruturação do Derba, Bahiatursa, EBDA e Ebal, resultando em uma economia de R$ 200 milhões. As secretarias da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e a de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza darão origem à Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS).