A radicalização da democracia brasileira depende de uma profunda reforma do modelo político-eleitoral, cuja maior prova de esgotamento são os constantes escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e outras empresas estatais e obras públicas. Sem a reforma política, os escândalos continuarão a se suceder e a classe política continuará cada vez mais apartada da população.
A avaliação foi feita pela senadora Lídice da Mata, em palestra conferida a uma plateia de 200 estudantes e professores do curso de Direito da Universidade Regional da Bahia (Unirb), no Campus de Salvador.
A senadora dividiu a mesa com o colega de partido e ex-deputado constituinte, Domingos Leonelli, que abordou a importância do Movimento Diretas Já no processo de redemocratização do País. O encontro foi organizado pelo professor Marinho Soares e dirigido pela coordenadora do curso, Ligia Futterleibass.
Após as eleições de outubro, quando foi candidata ao governo do Estado, Lídice apresentou quatro projetos que contribuem para a reforma eleitoral: a PEC 32/2014, que prevê o fim da reeleição para cargos do Executivo; o PLS 298/2014, que proíbe a acumulação de tempo de TV entre partidos da mesma coligação; altera as regras de distribuição; o PLS 335/2014, que amplia para um ano o prazo mínimo de escolha de candidatos para as eleições; e o PLS 334/2014, que altera o prazo de desincompatibilização de servidores públicos para o mínimo de seis meses antes da eleição. Extraído do Tribuna da Bahia.