O encerramento, na Câmara dos Deputados, do Ano da Democracia, da Memória e do Direito à Verdade, nesta quinta-feira (11), transformou-se em um ato de repúdio a manifestações de grupos que pedem a volta do regime militar. Senadores e deputados das comissões de direitos humanos da Câmara e do Senado criticaram aqueles que defendem a volta do período que, segundo a Comissão Nacional da Verdade, foi responsável por pelo menos 434 mortes. “É muito importante trazer à tona a memória e a verdade neste momento”, disse a senadora Ana Rita (PT-ES), presidente da CDH do Senado. “Vemos pessoas se manifestando pela volta da ditadura por ignorância do processo histórico, dos valores da democracia e do pluralismo,” acrescentou o deputado Assis Couto (PT-PR), presidente da CDH da Câmara.
Em seu discurso, o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), manifestou solidariedade à deputada Maria do Rosário (PT-RS), após declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que afirmou na terça (9) que só não a estupraria porque ela “não merece.” Segundo Vicentinho, a atitude demonstra como os direitos humanos são diariamente violados, inclusive por homens públicos. “Bolsonaro, com sua atitude criminosa desonrou todas as mulheres e homens deste país — disse. Nesta quarta-feira (10), a CDH do Senado decidiu encaminhar representação contra Bolsonaro. Da Agência Senado.