Para aliviar a crise financeira, o Santos vendeu, antes do fim de 2014, partes dos direitos econômicos dos atacantes Gabigol e Geuvânio e do lateral-direito Daniel Guedes para o Doyen Sports, grupo de investidores que ajudou o clube a comprar Leandro Damião. As porcentagens – não reveladas – foram negociadas pela antiga gestão do Peixe, liderada pelo presidente Odílio Rodrigues e pelo vice Luiz Cláudio de Aquino, antes de Modesto Roma Júnior assumir. Atualmente, o Alvinegro deve três meses de salários para os jogadores, além de quatro de direitos de imagem – a fatia mais gorda dos vencimentos dos atletas. A dívida do clube da Vila Belmiro está estimada em R$ 75 milhões. Por isso, Odílio achou necessário negociar com o Doyen partes das promessas santistas. A informação foi revelada pelo site Espn.com.br e confirmada pelo GloboEsporte.com.
O valor recebido, porém, já foi utilizado pela antiga gestão. O ex-vice Luiz Cláudio explica que o montante serviu para despesas pontuais do Santos e que a falta de patrocínio master para a próxima temporada – o novo contrato com a Huawei ainda não foi assinado – obrigou o Peixe a vender as fatias para o Doyen. Por telefone, ele não soube precisar as porcentagens dos direitos econômicos que foram negociadas e quanto o clube recebeu. “Foram vendidos os direitos econômicos (dos três jogadores), mas não os federativos. Foram percentuais diferentes. Utilizamos (o dinheiro) com despesas dos clubes. Foi muito doloroso não termos fechado o patrocínio master. Não só nós, mas a maioria dos clubes brasileiros. Estamos negociando com a Huawei há algum tempo. Está caminhando bem a negociação para o fechamento do master para 2015, mas tínhamos a esperança de que fecharíamos antes (de entregar o clube). Isso infelizmente não aconteceu”, disse Aquino.
O atual presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, também não sabe detalhes da negociação. O mandatário ficou bastante irritado quando soube da venda. Ele se reunirá nesta semana com Renato Duprat, representante do Doyen Sports no Brasil, para saber os valores recebidos pelo Peixe e as porcentagens envolvidas na transação. Gabriel tem contrato com o Alvinegro até setembro de 2019. O vínculo de Geuvânio vai até dezembro de 2017, enquanto o de Daniel Guedes dura até dezembro de 2016. Do GloboEsporte.com .