A implantação do museu em homenagem ao guerrilheiro Carlos Marighella foi o assunto principal da reunião entre o deputado federal Valmir Assunção e o secretário estadual da Casa Civil, Bruno Dauster. Durante o encontro na última segunda-feira (5), o parlamentar petista destacou a história da homenagem à principal referência da luta contra o regime militar e apontou a importância do tombamento da residência onde Marighella morou em Salvador. De acordo com Valmir, o governo da Bahia chegou a ceder dois imóveis no Pelourinho para o projeto, que deve ser chamado de Memorial da Resistência, entretanto, há uma cobrança da família do guerrilheiro para que a casa na Baixa dos Sapateiros, também no centro histórico, seja integrada ao projeto.
“Seria de suma importância que a construção fosse incluída no memorial, mas primeiro é preciso o tombamento estadual da casa, pois o memorial abrigaria documentos e obras relacionadas à luta contra a repressão política no estado e a casa passaria a abrigar artigos pessoais do guerrilheiro”, salienta Valmir. Na reunião, o secretário disse que o governo já estuda a proposta e deve tomar a frente da questão para que o memorial seja implantado.
Ainda segundo Valmir, Carlos Marighella foi declarado herói nacional e ainda no primeiro ano de mandato do petista na Câmara Federal, deu entrada em projeto que pede a inscrição do nome de Carlos Marighella no Livro de Heróis da Pátria. O guerrilheiro foi anistiado “post mortem” em Salvador pela 53ª Caravana da Anistia do Ministério da Justiça, cujo objetivo é reparar os crimes cometidos pelo último regime militar que governou o Brasil (1964 e 1985).