Grupos contrários ao aumento do preço do transporte público, como o Movimento Passe Livre (MPL) e o Tarifa Zero, voltaram às ruas nesta quarta-feira (7) para protestar contra o reajuste nas tarifas de ônibus. Em Salvador, o protesto aconteceu do Largo do Campo Grande em direção à Estação da Lapa. Na capital baiana, a passagem passou de R$ 2,80 para R$ 3, no dia 2 de janeiro. No Facebook, 1,3 mil pessoas confirmaram participação no protesto. Na descrição do ato, os organizadores dizem “Ano novo, tarifa nova, vida ainda mais difícil. Mas, que fique claro, não vamos ficar de braços cruzados! Não é de hoje que estamos dizendo: se a tarifa aumentar, Salvador vai parar!!!”.
Pouco depois do início do protesto, um jovem foi conduzido à delegacia pela equipe da Polícia Militar local por portar três facões. De acordo com o tenente Tenente Valter Menezes, ele não fazia parte do grupo. “A advogada quis colocar ele dentro da manifestação no momento da averiguação, mas ele não faz parte do grupo. Ele pode ser liberado em alguns minutos, mas as facas vão ser levadas para a delegacia”, afirmou ao Portal G1. O aumento da passagem de ônibus para R$ 3 em Salvador foi confirmado no dia 29 de dezembro pelo prefeito ACM Neto (DEM) e pelo secretário Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), Fábio Mota, durante cerimônia de entrega de 300 novos ônibus. A passagem custava R$ 2,80. O novo valor é cobrado desde o primeiro dia útil de 2015.
Em Joinville, Santa Catarina, o protesto aconteceu na Praça da Bandeira. No ABC Paulista, um ato também tomou na estação de trem de Mauá. Em São Paulo, onde os protestos contra o aumento das passagens tiveram início em 2013, a manifestação convocada pelo Facebook para sexta-feira (9) já tem 38 mil pessoas confirmadas. A concentração para o ato, convocado pelo MPL, começará às 17h, em frente ao Theatro Municipal. Na capital paulista, desde a terça (6), o preço do transporte coletivo passou de R$ 3 para R$ 3,50. Na tarde de segunda (5), o movimento promoveu uma aula pública, sob o Viaduto do Chá, próximo à prefeitura de São Paulo, para discutir o aumento das tarifas.
No Rio de Janeiro, o MPL promete protestar contra o reajuste das passagens na sexta-feira, às 17h, na Cinelândia. Desde 2 de janeiro, as passagens de ônibus municipais subiram de R$ 3 para R$ 3,40. A negativa da Justiça em conceder liminar para impedir o aumento das passagens, na ação civil proposta pelo Ministério Público do Estado, é considerada pelo MPL uma demonstração de que a tarifa tende a aumentar cada vez mais no atual modelo de gestão, “em que os custos ficam com os usuários e as concessionárias têm total liberdade para administrar os serviços”.
Em Belo Horizonte, o protesto está marcado para sexta-feira, às 17h, na Praça Sete de Setembro. No dia 29 de dezembro, as tarifas de ônibus municipais passaram de R$ 2,85 para R$ 3,10. O ato é convocado pelo Tarifa Zero e tem 6,5 mil pessoas confirmadas no Facebook. Segundo os organizadores, o aumento “exclui a população mais pobre do acesso à cidade, além de aumentar o número de veículos nas ruas, já que as pessoas deixam de usar os ônibus e passam a andar de moto ou de carro”.
No Recife, o ato contra o aumento das passagens também está agendado para sexta-feira, às 7h30, em frente à sede do Grande Recife Consórcio de Transporte. Está previsto para o mesmo dia o início das discussões sobre a nova tarifa. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde as passagens subiram de R$ 3 para R$ 3,50, o MPL marcou ato para a próxima segunda-feira (12), às 17 horas, em frente à Igreja Matriz. Outras cidades paulistas que já têm manifestações agendadas são Santo André, no sábado (10), e São Bernardo do Campo, na quarta-feira (14).
Em Florianópolis, a agenda de mobilização contra o aumento começou nesta quarta (7) e vai até terça-feira (13), quando será realizado um ato, às 17h, no Terminal de Integração do Centro. Em Niterói, Rio de Janeiro, o ato está previsto para quinta-feira (15), às 18h, no campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense. No município paulista de Osasco, os protestos estão marcados para dia 23, na Estação Osasco da CPTM, onde a passagem subiu ontem para R$ 3,50. “Osasco é 10 vezes menor que São Paulo. Cobrar a mesma tarifa de São Paulo por uma quilometragem menor, é desproporcional”, ressaltam os organizadores no Facebook. Jornal da Chapada com informações do Portal G1 e da Agência Brasil.