A primeira viagem do governador Rui Costa (PT) ao interior da Bahia foi para Nova Redenção, município da Chapada Diamantina com cerca de 7,8 mil habitantes e 3,5 mil eleitores. O chefe do Executivo inaugurou obras do governo Wagner e conheceu unidades escolares, sempre acompanhado de uma comitiva de assessores, jornalistas, seguranças, secretários de estado e políticos. A prefeita local, Ana Guadalupe (PSD), o seu tutor Otto Alencar, deputados e lideranças petistas, que fazem oposição no município e têm o ex-prefeito Ivan Soares (PT) como referência, pareciam água e óleo, não se misturavam. A situação deve ficar assim até a próxima eleição e caberá ao novo governador apaziguar os ânimos.
No dia da visita de Rui Costa em Nova Redenção, última quinta-feira (8), o PT, liderado por Ivan Soares junto com o segundo colocado no pleito municipal, Ademar da Cooteba, até subiu no mesmo palanque que a prefeita do PSD pelas mãos dos deputados petistas Afonso Florence (federal) e Zé Neto (estadual). Mesmo assim, a prefeita não escapou de vaias nem de um coro que desmentiu a gestora quando, em seu discurso, disse que pagava R$ 200 a mais aos professores. O vexame fez o senador Otto Alencar ir embora mais cedo do evento.
A conjuntura política em Nova Redenção não é das melhores. A eleição da Câmara de Vereadores, por exemplo, está na justiça e o atual presidente Arnold Pires (PSD), que tem o apoio de Guadalupe, caso não consiga virar o jogo, deve perder o pleito, onde 5 dos 9 edis são de oposição. A eleição é contestada pela oposição, que acusa Pires de não aceitar a inscrição da chapa oposicionista e ter declarado a sua reeleição mesmo tendo apenas 4 votos dos 9 edis da Casa.
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