Por Professor Hamilton*
Faz pouco tempo que me tornei pai e tenho adorado: são tantas emoções e novidades que muitas vezes faltam palavras para descrever. Infelizmente o que me levou a redigir este texto foi uma surpresa nada agradável… Pela primeira vez passei pela experiência de pegar a lista de materiais da escolinha na qual meu filho estudará e saí pelas ruas de Candeias para fazer um orçamento/tomada de preço. Qual não foi o meu espanto ao percorrer as papelarias da cidade ao constatar que praticamente todas resolveram adotar uma prática desprezível para forçar os consumidores a comprar toda a lista em seus estabelecimentos.
Ao solicitar o orçamento, com exceção da Fagner Papelaria, fui informado que a direção dos estabelecimentos determinou que os funcionários não fornecessem os preços individualizados. Explico melhor: como todo consumidor que se preza, queria o valor de cada um dos itens da lista de materiais para verificar onde cada um está mais barato. Pois bem, as papelarias de Candeias resolveram (em conjunto) só fornecer o valor da lista inteira, sem especificar os itens. Desta forma, ou o consumidor compra tudo no mesmo lugar ou não compra nada.
Um verdadeiro absurdo!
Indignado, entrei em contato com um dos diretores do CDL e fiquei sabendo que nenhuma das papelarias da cidade é filiada à instituição. Sendo assim, o CDL não poderia tomar qualquer atitude.
Bem, como não sou de me conformar facilmente com as coisas erradas, resolvi relatar a situação em todos os meios possíveis (redes sociais, sites, emissoras de rádio etc). Também estou entrando em contato com o PROCON (que infelizmente não possui posto de atendimento aqui em Candeias) para verificar que ações podem ser implementadas para acabar com este desrespeito.
Espero que aqueles que se deram ao trabalho de ler este relato tomem a mesma atitude que eu: comprar seus materiais em outros estabelecimentos. Afinal de contas, não dá para prestigiar quem nos trata com tamanho desrespeito.
*Professor Hamilton, colunista do Folha do Recôncavo