Discutir as estratégias de inclusão da cultura nos bairros periféricos de Salvador e apoio para o Carnaval Multicultural do bairro de Pernambués, que será realizado pela primeira vez este ano, foram alguns dos assuntos tratados na reunião desta segunda-feira (19) entre o secretário estadual de Cultura (Secult-BA), Jorge Portugal, e o vereador da capital, Luiz Carlos Suíca (PT). Para o edil petista, Pernambués apresentará um carnaval com caráter tradicional, com pierrot, colombina, nego fugido, e outros elementos do carnaval tradicional. “A cultura é fundamental, pois é ela que abre a possibilidade de tirar os jovens dos caminhos da violência, do tráfico e da falta de informação e educação. A secretaria precisa investir mais na cultura negra, a juventude espera isso e Portugal entende que o caminho é descentralizar as atividades agregando os bairros periféricos no processo”, diz Suíca.
O vereador de Salvador se colocou à disposição do secretário estadual de Cultura para percorrer a cidade, as periferia e organizações para difundir ações da secretaria. Portugal por sua vez, afirmou na reunião que quer trabalhar com a juventude e com novas tecnologias e cinema. O titular do governo Rui Costa ainda demonstrou todo apoio ao carnaval de Pernambués, que se encaixaria na categoria de outros carnavais – “uma categoria que a Secult-BA tem de apoio. Se tudo der certo, o carnaval de Pernambués vai ser contemplado nessa categoria, que pega carnavais alternativos de cunho tradicional”. Portugal ainda aposta na descentralização do carnaval pela cidade.
Participaram da reunião com Suíca e o secretário estadual, o chefe de gabinete do edil, Rinaldo Rossi, e o militante da cultura, Albino Apolinário. O vereador se colocou à disposição para ajudar Jorge Portugal nesse processo de descentralizar os festejos de momo. “O secretário foi receptivo, ele é uma figura que vem do povo, é negro, e estava entre iguais, então foi uma recepção muito boa, aberta, a Secretaria se mostra de portas abertas para a sociedade, para o Movimento Negro e para a população dos bairros periféricos”, completa Suíca.