O discurso do governador Rui Costa (PT), proferido na terça-feira (3), na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), causou estranheza aos parlamentares da bancada de Oposição, pelo tom político de campanha ao invés de gerencial. “O governador fez um discurso de promessas como se ainda estivesse em campanha, citando de forma vaga e inconsistente necessidades e projetos, a exemplo da ponte Salvador-Itaparica, que é na verdade um mega-empreendimento criticado justamente pela ausência de viabilidade econômica”, disse o líder da Oposição, Sandro Régis. Para ele, ao falar da Segurança Pública, Rui Costa mais parecia um deputado de oposição apontando as carências dos oito anos do governo Wagner.
“É como se o governador nunca tivesse feito parte do governo que sucedeu”, ironizou o deputado Adolfo Viana (PSDB), frisando que Rui Costa prometeu ampliar os investimentos em segurança pública numa demonstração de que Jaques Wagner optou por uma política equivocada no combate à violência, mesmo alertado ostensivamente pela bancada de Oposição. O líder do PMDB, Pedro Tavares, lembrou ainda que só agora o governador desperta para uma realidade levada ao descaso pelo governo petista, a exemplo do alarmante crescimento da taxa de homicídios na Bahia, que segundo o Mapa da Violência 2013, foi de 223,6% por 100 mil habitantes, nos últimos 10 anos.