O procurador-geral de Justiça Márcio Fahel designou quatro promotores para atuar em conjunto no inquérito que apura as circunstâncias da ação policial que resultou na morte de 12 pessoas no bairro do Cabula, na última sexta-feira (6). A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta segunda-feira (9). “Na verdade, existe um procedimento que fatos dessa natureza o Ministério Público da Bahia (MP-BA) sempre acompanha as investigações. Vamos aguardar as perícias para, a partir daí, ter alguma posição”, afirma o coordenador do grupo de investigação, Davi Gallo, em entrevista ao Portal G1.
Além de Davi Gallo, atuarão no caso os promotores de Justiça José Emmanuel Araújo Lemos, Ramires Tyrone Carvalho e Raimundo Nonato Moinhos. Segundo o coordenador do grupo, os promotores já ouviram cinco testemunhas, entre elas quatro policiais e um sobrevivente da ação. “Esperamos concluir isso em no máximo 30 dias. Vamos aguardar os laudos necroscópicos e as balísticas também. Estamos tomando providências para adiantar as investigações. Só dá para ter alguma conclusão após esses laudos e provas”, relata Gallo.
No último sábado (7), três suspeitos que ficaram feridos após o confronto com a PM tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, com o aval do MP-BA. “Em princípio, são procedimentos distintos. Temos uma tentativa de homicídio, em tese, contra os policiais, e por isso as prisões desses três que sobreviveram foram decretadas”, conta. Segundo ele, ainda na tarde desta segunda-feira, novas testemunhas serão ouvidas pelo MP-BA no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).