“A Mãe dos Ricos, a presidente Dilma Rousseff, está tirando de um milhão de famílias carentes da Bahia o benefício da tarifa social de energia para cobrir o rombo causado nas finanças do governo federal pela sua desastrada gestão”, denunciou o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), em sessão plenária para discussão da crise hídrica no País, que contou com a participação do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, na Câmara Federal, nesta quarta-feira (4).
Ao todo cinco milhões de famílias brasileiras estão ameaçadas de perder o benefício social que concede, de acordo com a diminuição do consumo, desconto progressivo sobre a tarifa de energia aos inscritos no Cadastro Único e no Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social. A exclusão se dará a partir do enxugamento do cadastro do programa pelo governo federal, que pretende reduzir os beneficiários em 38%, caindo de 13,1 milhões de famílias para 7,1 milhões. Estima-se que a economia com o corte seria da ordem de R$ 600 milhões.
“Os baianos menos favorecidos que tantos votos deram à Mãe dos Ricos vão sentir o sabor amargo da ingratidão dela”, diz Aleluia. Para ele, a presidente Dilma é tão insensível e ingrata que sequer fez um corte proporcional à relação da população dos estados com a do país. “A Bahia, por exemplo, é onde haverá o maior número de famílias excluídas do programa social, criado por mim no governo do presidente Fernando Henrique. A Bahia vai participar com 20% do total de excluídos, quando a população do estado não corresponde a 10% com relação a do país”.
Aleluia aproveitou o encontro com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, para cobrar dele publicamente uma posição do governo federal quanto ao risco de fechamento das indústrias de base do Nordeste por causa da não renovação do contrato de fornecimento de energia com a Chesf. “Em um dos seus surtos de maldade, a Mãe dos Ricos vetou uma emenda aprovada no Congresso Nacional que possibilitaria a prorrogação dos contratos das indústrias de base do Nordeste com a Chesf até 2042.Se esses contratos não forem renovados, mais de 145 mil nordestinos perderam seus empregos”.