Em pronunciamento na Câmara Federal em defesa da presidente Dilma Rousseff (PT), o deputado baiano Valmir Assunção (PT-BA) foi enfático e disparou contra o que chamou de “golpismo da Globo e da direita no Brasil”. Durante sessão plenária desta terça-feira (10), o petista fez um relato sobre o pronunciamento de Dilma, no último dia 8 de março, em homenagem às mulheres brasileiras e para falar da situação do país. De acordo com Valmir, a fala da presidente “atingiu em cheio os políticos de direita e setores conservadores”, levando pessoas de algumas localidades, em geral bairros de classe média alta, a baterem panelas. “Alguns até desqualificaram Dilma de maneira extremamente machista, o que não se pode levar a sério como uma opinião política. Mas foi interessante a forma de cobertura das organizações Globo e muitos dos grandes meios comerciais”, aponta Valmir.
O deputado baiano ainda destacou a linha editorial do programa Fantástico, que foi o primeiro a dar uma conotação de ‘megamanifestação’ ao que se convencionou chamar de ‘Revolta das Varandas Gourmet’. “A elite brasileira não está suportando as transformações sociais executadas pelos 12 anos de governo do PT. Como perdeu a influência e o poder de mando na classe trabalhadora, tenta insuflar um golpe e até mesmo uma intervenção militar. Não nego que passamos por uma situação econômica bastante complexa. Mas uma coisa é protestar dentro dos marcos da democracia e outra é promover o golpismo, coisa que a Globo e outros meios estão fazendo de forma descarada. Por isso, espero que possamos tratar esta crise política que existe no Congresso Nacional e que possamos ajudar o Brasil e não manchar a história com mais um golpe de Estado”, dispara Assunção.
Também durante o pronunciamento, o parlamentar questionou o Fantástico por não mostrar o povo lutando por salários maiores, especialmente os professores, e por não mostrar a luta cotidiana do povo, que é a realidade do país. “Estamos vivendo uma luta dos partidos de direita que fazem oposição à presidenta e uma luta do maior partido da direita brasileira, que são os meios de comunicação, principalmente a Globo. Ela quer, de certa forma, colocar um ódio contra o governo e o PT. Ao mesmo tempo, quer que tenha terceiro turno. Isso só ocorrerá se mudarem a Constituição, porque a atual não permite”. Valmir afirma que é preciso um esforço conjunto para manter os empregos e fazer crescer a economia do país. “Eleições têm a cada quatro anos. Em 2018, disputem de novo. Se tiverem chance de ganhar, ganhem. Mas não é aceitável que um setor da sociedade, só porque a população mais pobre deste país elegeu Dilma de novo, elegeu o PT, rompa com a normalidade”.